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Capítulo 6

A claridade do sol me impedia de olhar fixamente para ele. O mesmo estende a mão para que eu me levante. Ao me levantar, percebi que ele era um homem que aparentava ter quase 50 anos.

Cabelos negros, um olhar profundo que me deu um pouco de medo. Ele me olhava como se tivesse procurando algo dentro de mim. Logo resolve falar algo.

_Você está bem? Se machucou?_Ele ainda estava com aquele olhar.

_Estou bem, mas preciso ir agora. Com licença._Digo me saindo.

Desviei dele e quando fui seguindo senti sua mão segurando meu braço. Olhei pra mão dele, a que me segurava, e vi que ele possuía um anel roxo com a letra B cravado nele.

_Me solta eu tenho que ir._Balancei o braço na tentativa de me soltar.

_Você é preciosa, Liliam. Você me procurou, veio até mim._Ele disse com um olhar obcecado em mim.

_Me solta, senhor. Eu vou gritar!_Meus olhos já estavam marejados.

Foi quando eu ouvi alguém gritar:

"Solta ela!"

O homem que estava me segurando olhou fixamente nos meus olhos e disse:

"Esse não é nosso último encontro."

E me soltou sumindo no ar. Tombei e caí pra trás. Foi quando vi alguém se aproximar de mim.

_Por favor, não me faça mal!_Digo com medo.

Ele se abaixa na minha frente e eu resolvo olhá-lo. Ele toca nas minhas mãos.

_Você está bem? Aquele homem te machucou?_Disse de um jeito preocupado.

Eu olhei para seu rosto o avaliando e vi que era jovem, aparentando ter uns 22 anos, cabelos claros e levemente bagunçado, uma pele branca e pelo toque que ele me deu era muito fria. Ele realmente era lindo. Voltei do meu transe pra respondê-lo.

_Estou bem. Só com dor no braço. Aquele senhor me apertou muito._Eu estava passando a mão em cima das marcas da mão daquele homem.

Ouvi ele sussurrar: "maldito"

Fiquei sem entender, mas me levantei e fui me retirando do lugar.

_Ei_Ele me chama_Não vai nem agradecer?

Eu me virei e me aproximei.

_Obrigada. Agora eu preciso ir._ Me virei pra seguir.

_Antes me diz teu nome._Ele pergunta insistente.

_Liliam Castellini Baldovick. E o seu, moço insistente?_Ele ri e eu também.

_Cedrick Kalviery. Prazer!_Ele beija minha mão.

Dou um leve sorriso e sigo o meu caminho de volta. Resolvo olhar pra trás e ele já tinha sumido. Cheguei em casa pouco depois do almoço e dou de cara com a familia inteira na sala.

_Aconteceu alguma coisa?_Pergunto temerosa.

Percebi que minha mãe olhou pras marcas que ficaram no meu braço e se aproximou as tocando.

_Me conta como foi que isso veio aparecer aí, mocinha?_Ela me fitou com um olhar sério.

Antes de qualquer resposta minha, ela se virou pro meu pai.

_Ele a achou!

Fiquei olhando pra todos a minha volta querendo saber quem me achou.

_Quem me achou? Mãe, quem me achou?_Perguntei lembrando da expressão daquele homem.

Ela pensa um pouco e logo após suspira.

_Seu avô. Tamiel Baldovick._Ela olhava pro meu pai.

Hãn?? Como assim??

_Mãe, por que o meu avô iria me abordar desse jeito?_Perguntei curiosa.

Ela estendeu a mão apontando pro sofá como se quisesse que eu sentasse. Assim eu fiz.

_Deixa que dessa vez quem conta a história sou eu, amor._Diz meu pai pra minha mãe.

"Eita, lá vem história de bichos aterrorizantes"

_Filha, desde que deixamos você aos cuidados do seu tio Ben e tivemos que fugir, seus avós maternos e paternos nunca tiveram noticias de você. Fomos caçados principalmente pela minha família, os Baldovick. Ultimamente, o Reino Baldovia está de guerra com o Reino Kalvarya. E estão em desvantagem. Seu avô sabe que você é muito poderosa. Dentro de você corre sangue de duas linhagens muito fortes, te fazendo uma híbrida. Metade loba, metade vampira._Ele respira um pouco._Seu avô acha que você pode ser uma arma muito poderosa nesse confronto. E quer te usar pra isso!

|•|

O avô querendo usar a neta como arma num confronto? O que será que isso vai dar?

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