Capítulo 9 Desesperação
O jantar de novo casamento romântico, de que as duas pessoas desfrutam por duas horas, acaba neste momento.
Visto que ainda está cedo, depois de ter finalizado a conta, Henrique sugere que eles fiquem no monte a fim de apreciarem as paisagens da noite e voltem para a cidade logo mais tarde.
Alice não discorda da sugestão.
Se bem que o casamento entre ela e Henrique só esteja assente num acordo, sinceramente, quanto a hoje, ela passa uma noite inesquecível.
O assunto mais importante é que, ficando ao lado dele, ela sempre se esqueça de algo negativo inadvertidamente.
Em relação a este fenômeno, até Alice ficou surpresa.
Embora ela o conheça há menos de 24 horas, sem se saber a razão, ele sempre lhe consegue dar um sentimento de segurança que não se saiba de onde vem.
A paisagem do monte é magnífica: O vento sopra ligeiramente, com as estrelas e a lua bruxuleando no céu profundo e escuro. Primeiramente, Alice e Henrique chegam ao observatório para verem as estrelas no céu. E depois, eles dão um passeio por alguns lugares de interesse que se situam no monte.
O passeio demora até às dez da noite. É quando a temperatura diminui que Henrique se oferece para saírem.
Eles descem do monte. Henrique a leva diretamente para casa.
Alice sai do carro e acena uma despedida a Henrique, “Obrigada por seu arranjo. Cuidado com sua segurança ao conduzir.
Com um braço colocado na janela, um par de olhos profundos caem em Alice. E com uma voz rouca, ele diz, “Quando se irá mover para minha casa?”
“Vou começar despachando minha bagagem depois de voltar para casa. Caso não haja nenhuns acidentes, provavelmente vou-me mover para lá dois dias depois.”
Alice lhe dá uma resposta positiva.
Henrique acena com sua cabeça, estende a mão de seu carro, dizendo, “Me dê seu celular.”
Alice fica um pouco estática. Ainda que esteja confusa, lhe dá seu celular.
Henrique introduze uma série de números em seu celular e lhe diz, “Este número de celular é meu número privado. Recolha suas bagagens e depois me ligue. Vou pedir Levi para a buscar.”
Após a conversa, Henrique não fica mais. Pelo contrário, ele pisa o acelerador do carro e sai.
Alice está de pé e não sai. Olhando para o carro que se vai embora, até que não se possa ver o carro, ela entra em casa.
Nesta altura, a vivenda da Família Tang ainda está iluminada como se fosse no dia.
Alice entra em casa e Pedro Zhao, o mordomo da família, se aproxima dela e lhe diz com respeito, “Senhorita, o dono disse que quando você tiver regressado a casa, você precisa de ir ter com ele no escritório. Ele tem algo para lhe dizer.”
Alice fica confusa. Parece que ela não pensava que isso iria acontecer. Ela olha para a direção do escritório, dizendo ironicamente, “De que ele quer falar comigo?”
“Isso...”
O mordomo fica hesitado, e olha para ela com um sentimento de simpatia, “Senhorita, de facto, algumas pessoas da Família Ji já vieram cá. A data de casamento entre a Sra. Hanna e o Sr. Vicente já está marcada, no dia...em que inicialmente se achava que você e o Sr. Vicente se iriam casar.”
“Quê? A sério?”
O rosto de Alice fica pálido: Ela não acredita naquilo que ouviu.
“Senhorita, tudo está bem, fique tranquila.”
Pedro suspira pesadamente e olha para Alice com preocupação, tendo medo de que ela fica demasiado triste.
Se bem que Alice não diga nada, sente que há uma sensação de frio que fure seu coração e chegue a seu peito, fazendo com que não consiga respirar.
Alice anda em direção ao escritório, respirando com força, reprimindo sua tristeza no fundo do coração.
A porta do escritório está ligeiramente aberta. Através do furo da porta, ela vê seu pai, que está sentado e bebendo chá.
Alice aperta seu punho e entra no quarto.
“Já voltou?”
“Pedro me disse que você tem algo para me dizer. O que é que quer dizer?”
Alice entra no quarto sem exprimir suas saudações, com um tom tão frio que se pode comparar com um glaciar de mais de cem mil anos.
Parece que Martin Tang está habituado com a atitude de Alice: Ele não se importa com isso. Martin levemente coloca o copo de chá na mesa e diz, “Quero informar você de que o casamento entre sua irmã mais velha e Vicente já está marcado.”
Sem nenhuma luz nos olhos, e parece que a voz de Alice está coberta por uma capa de gelo, a qual se torna cada vez mais fria, “Já sabia isso.”
“Já sabia isso?”
Martin fica um pouco surpreso.
“Exatamente. Se Pedro não me tivesse dito isso, eu não teria sabido que meu “querido pai” já me tinha posto uma armadilha!”
Alice ri ironicamente, espalhando uma agressividade muito forte de seus olhos.
“O que está dizendo?”
A cara de Martin fica escura e ele fica um pouco irritado pelas palavras agressivas e pelo olhar de Alice.
“Aquilo que estou dizendo está errado? Antes de hoje, Vicente ainda foi meu noivo. No entanto, ele me traiu e fez sexo com aquela puta, Hanna. Não acredito que você concorde com o casamento deles! Onde é que diabo me coloca. Sou sua filha biológica!”
Alice olha para ele irritadamente, com um tom em que não se esconde a indignação.
Para a Alice, ela não só consegue não se importar com a deslealdade de Vicente, mas também consegue não se importar com a maldade de Hanna. Porém, quando ela soube que Martin já tinha permitido o casamento entre o adúltero e a adúltera, e que até tinha escolhido o mesmo dia em que originalmente, ela e Vicente se iriam casar, ela se sentiu muito fria, o que nunca se experimentava antes.
Originalmente, Martin se sente culpado. Depois de ser denunciado por Alice, ele pisca nervosamente e suaviza suas palavras, “Querida Alice, o pai sabe que foi injustiçada. No entanto, no que diz respeito ao assunto entre sua irmã mais velha e Vicente, não se pode compensar. Consequentemente, o pai não tem como fazer nada além de concordar com o casamento deles. Daqui a três dias, se trata da festa de noivado de Hanna. Para além disso, a data de casamento estará marcada daqui a dois meses. Como você faz parte da Família Tang, necessitará de participar na festa. Por isso, junto deste assunto, não incomode-se mais com isso.
Quando o pai finaliza suas palavras, Alice nem sequer acredita em suas orelhas próprias.
“O que...está dizendo? Repita mais uma vez?”
Alice acha que ela própria estava numa situação da alucinação auditiva.
Ele...me pede para participar na festa de noivado dos adúlteros?!
“Hahaha...”
Alice abre seus olhos e considera que isso é ridículo e incrível: Apenas sente que seu sangue quebra os vasos sanguíneos e chega a seu cérebro. Isso faz com que ela “ria” com zanga, “Meu deus! É realmente meu querido pai! Hanna roubou meu noivo! Neste momento, não só solicita que eu feche minha boca, mas também exige que eu participe na festa de noivado deles? Hahaha, a sério? Afinal, alarguei meu horizonte hoje: Você trata sua filha biológica como uma erva, mas trata uma tonta proveniente duma destruidora de casas como um tesouro.”
“Eu quero-lhe perguntar se sou sua filha biológica? Se não, por gentileza me diga lá! Sendo sua filha me insulta!”
Aquilo que Martin disse há bocado incentiva o fogo no fundo do coração de Alice, o qual dá origem à consequência de agora: Parece que ela está maluca e não se importa com o que diz.
“Basta!”
Martin fica zangadíssimo, “Confesso que se trata da culpa de Hanna. No entanto, ela já está grávida. Os dados estão lançados! Faz sentido que eu estrague o casamento deles? Devido ao respeito à Cecília, eu não a culpei! Agora você sabe minha dificuldade?”
“Por isso, sou aquela pessoa que merece ser sacrificada?”
Alice sorri com desdém, respira funda e esmaga com força sua desesperação e frio sem fim no fundo do coração, dizendo tranquilamente, “Você não é digno de ser meu pai. Se minha mãe ainda estivesse viva, ela não iria permitir que eu fosse intimidada pelos outros.”
Depois de ter acabado de falar, ela vira para trás e sai.
O momento em que está prestes a sair de casa, ela para, acrescentando, “Vou-me mover para viver fora nestes dias. Não vou assistir à festa de noivado de Hanna. Sugiro que desista dessa ideia.”