Capítulo 9
— Não se esqueça dos lenços e do rímel extra. – Abri um sorriso.
Kit 'SOS Angelique' guardado na despensa. – foi a vez dele de rir.
- Bem bem. Ficarei encarregado de fazer as malas e fornecer o chocolate e o champanhe.
- Excelente. – me virei surpreso com Daniel me encarando. — Ah, merda, te ligo mais tarde. Eu te amo! – terminei sem esperar resposta.
— Agendamentos em horário comercial, senhorita. Ospino? – ele perguntou com os braços cruzados na frente do peito e a sobrancelha esquerda levantada.
— Citações, você me acha estranho? Ele era um amigo, mas isso não vem ao caso. Você conseguiu resolver? – Mudei de assunto.
— Sim, preciso da sua ajuda para carregar as caixas.
- Tudo bem. – Coloquei meu celular no bolso e o segui até o depósito da distribuidora.
Eram cerca de trinta caixas extremamente pesadas que tive que carregar e colocar no caminhão. Meus braços estão dormentes.
Entramos no carro e fomos para o restaurante. Ele ligou o rádio onde tocava uma música da banda The Neighborhood. Olhei para ele surpreso.
—Você gosta de rock independente? Eu nunca imaginei isso. – digo, chamando a atenção dele.
- Que tem de mau? – ele perguntou, fingindo estar ofendido.
—Não há nada de errado, só estou surpreso. - Dei de ombros.
—O que você achou que eu ouvi?
—Com esse seu formato de ogro, imaginei que não existia música na sua vida. – eu disse honestamente.
-Ogro? Eu sou um ogro? – ele perguntou, desviando o olhar da estrada para olhar para mim.
- Sim você é! - Eu confirmei. —Você está me infernizando há uma semana!
— Não vou te fazer um inferno, se você está tão chateado assim, apenas desista. – ele disse rudemente.
- Ver? Rude de novo, ogro! – eu indico. — Entendo que errei em te acusar de algo tão sério sem provas, sei que errei em bater no seu carro e te culpar mas já pedi desculpas.
—Do que você está reclamando? – diz ele agora com a atenção voltada para o trânsito.
- Eu quero cozinhar! Estou cansado de limpar, picar, lavar e ferver água. Já são quatro anos de gastronomia, quero poder ajudar. - desabafar.
—E você vai.
- Quando? Quando meus seis meses expiram? – perguntei frustrado.
- Você é tão desajeitado. Em uma semana você quase colocou fogo na cozinha quatro vezes, percebe? – Ele olhou para mim e eu desviei o olhar dele.
Está tudo bem, mas não foi porque eu quis.
— Acabei de pedir para você ferver a água e você quase colocou fogo na cozinha. - ele aponta.
Posso ter me distraído bisbilhotando o "Livro Real" na cozinha, mas foi por acidente.
— Talvez daquela vez eu pedi para você fritar as cebolas e você as queimou inteiras. - ele continua.
Não sabia que o fogão era tão potente.
- Tudo bem! – Eu o interrompi antes que ele continuasse gravando meu filme. — Eu entendo, mas sou um bom cozinheiro. Talvez eu não tenha me adaptado muito bem ao lado salgado, por que você não me manda para o lado doce?
—Tem certeza que fez gastronomia? - ele zombou.
- Se o fiz! E me dediquei firme e fortemente a essa área, dia e noite. Todos cometemos erros. Ninguém é perfeito, sinto muito se você nunca cometeu um erro, Sr. – digo irritado, agora olhando para a janela ao meu lado.
—Eu nunca disse que era perfeito! - respondidas.
—Mas ele apontou para mim como se você estivesse! – Foi a minha vez de responder.
— Só acho que se você não tem capacidade para abordar uma das áreas, não deveria continuar. – estava seco.
Abri a boca quase em choque com a declaração dele, mas não saiu nada e apenas soltei uma risada incrédula.
- Você deve estar certo. Desculpe, velho da gastronomia.
O carro estava silencioso e a única coisa que se ouvia era a música.
Sim, sou desajeitado em % do meu dia. Mas também sou bom em muitas coisas, só preciso de tempo para me adaptar como as outras pessoas. Acho que nunca me senti tão insultado como agora, continuo ouvindo coisas das pessoas ao meu redor sobre mim e meu desastre natural de tudo. Mas recebê-lo justamente de Daniel Cooper parece um pouco mais doloroso que os outros.
Entramos no estacionamento sem falar nada e começamos a descarregar as caixas, Victor, Richard e Dayse vieram nos ajudar.
- Idiota! – xingo, voltando sozinho para a caminhonete. —Você não precisava me bater daquele jeito, não é que eu não soubesse disso. Espero que seu molho seque e queime. Deixe a tortilha sem sal e a carne salgada! – Xingo e chuto o pneu do caminhão, sentindo que meu pé está doendo. —Você entende o sentido de xingar outras pessoas, Samantha?