Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

2

deixa - me

ser sua amiga...

a que vai 

dar vida aos seus dias

a que vai 

colorir a sua vida

.

.

.

Aula começou e nada do Bruno aparecer, sei que ele já tem costume de gazear, mais matar aula logo no primeiro dia de aula é foda.

- Como primeiro dia de aula hoje vou deixar vocês sossegados, contanto que isso não chegue nos ouvidos da direção. - O professor Mário diz.

Agradeço mentalmente essa bondade do senhor.

Bruno e seus amigos aparecem quinze minutos depois com cara de paisagem.

Ele está fingindo ser quem não é pra se encaixar nessa bosta de popularidade, que se dane isso.

- O Bruno tá bem?- Fernanda pergunta enquanto ele se sentava no seu lugar de sempre.

- É claro que ele tá bem, ele tá ótimo. - digo irônica.

A verdade é que eu odeio ele se envolvendo com essas oferecidas do colégio. Bruno que sempre foi tão esperto, ficando com essas galinhas que nem sabe se dá ao valor.

A aula do professor Mário acaba e logo em seguida o professor Fernando entra, considero essa umas das piores aulas, motivo? é matemática. Nada entra na minha cabeça, as vezes eu me pergunto como consegui chegar ao terceiro ano do ensino médio sem saber de nada.

- Matemática não - Denise resmunga e abaixa a cabeça sobre a mesa.

- Parece que as aulas dele demoram dois séculos. - Bruno comenta falando comigo.

Concordo, as piores aulas demoram sempre mais. Bruno se levanta e pega a cadeira para se sentar ao meu lado. Fico feliz por isso, ele ultimamente tava tão afastado de mim.

- Tô com saudades do meu peixinho - ele diz fazendo biquinho e me beliscando. Peixinho era um apelido que ele havia me colocado quando tínhamos dez anos, quando eu sem querer cai na piscina e me afoguei. E desde esse dia o mesmo só me chama de peixinho quando por algum motivo sabe que estou triste com ele.

- Sai Bruno, presta atenção na aula - digo tentando me fazer de difícil.

- Sai Bruno, presta atenção na aula - ele fala afinando a voz para me imitar. - até parece que tu prestar atenção e se presta entende alguma coisa? - diz, e logo em seguida volta a me beliscar.

Era impossível ficar zangada com ele por muito tempo.

- Não gostei dessa calcinha de renda que você tá usando. - ele comenta baixinho no meu ouvido.

Meu coração acelera com sua revelação e o olho sem entender o porquê disso. Ele nunca tinha comentando sobre nada relacionado a minhas peças íntimas ou sobre meu corpo.

- Tudo isso é pro Luan? - continua.

- Talvez.. - digo sorrindo. tinha uma quedinha pelo Luan, mas não era nada demais. O idiota pediu pra ficar comigo e por algum motivo eu disse que não.

- Comigo você nem iria precisar usar isso, até porque eu iria tirar tudo. - diz baixinho e isso fez os pelos dos meus braços se arrepiarem. 

- Ridículo - dou um soco de leve em seu ombro.

- Você gostou que eu sei. - ele passa a mão no ombro e logo em seguida se levanta levando sua cadeira de volta para o lugar.

Minha sorte é que ele nem imagina o poder que tem sobre mim.

Tento prestar a atenção na aula, mas falho toda vez que vejo Bruno conversar ou sorrir com seus amigos. Ele não faz meu tipo, do mesmo jeito que eu não faço o dele. E eu repetia aquelas palavras na minha cabeça como se fosse adiantar.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.