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Capítulo 8

Capítulo 8

No dia seguinte, Jack acordou mais cedo que o normal, super ansioso. Julieta havia sugerido que ele comprasse produtos de beleza para Charlotte, e ele achou a ideia excelente.

Agora estava na cidade, dentro da perfumaria, e ao ver a imensa quantidade de produtos, deixou de achar a ideia tão empolgante. Não fazia a mínima ideia de onde começar.

— Posso ajudar em alguma coisa, senhor? — perguntou uma atendente, vendo a expressão confusa de Jack.

— Sim, por favor — respondeu Jack, aliviado. — Estou procurando alguns produtos de beleza para minha noiva, mas não sei exatamente o que comprar.

A atendente sorriu, compreendendo a situação.

— Claro, eu posso ajudá-lo. Primeiro, vamos ver alguns produtos básicos. Você já tem algo em mente?

— Não faço ideia.

— Entendi. Vamos começar com o essencial então, por enquanto — disse a atendente, pegando alguns itens das prateleiras. — Aqui temos hidratantes, cremes faciais, produtos para cabelo e alguns perfumes. Esses são produtos básicos que qualquer mulher apreciaria. Posso ajudar o senhor com as fragrâncias.

Jack observou atentamente enquanto a atendente explicava sobre cada produto. E ficou mais aliviado quando ela separou os que considerava os melhores.

— Acho que isso é perfeito — disse Jack, sentindo-se mais confiante.

— Certo. Venha comigo para o setor ao lado, tenho certeza de que ela irá gostar de um estojo completo para cuidar das unhas. Talvez até um estojo de maquiagem.

Jack pensou bem, talvez ela gostasse dessas coisas. Já que a vendedora estava sendo tão útil, ele decidiu aproveitar a ajuda.

Eles se dirigiram ao setor de cuidados com as unhas, onde a vendedora mostrou a Jack um elegante estojo completo, contendo diversos tipos de lixas, cortadores e esmaltes de várias cores.

— Esse é um ótimo conjunto. A maioria das mulheres adora cuidar das unhas, e esse kit é bastante prático — explicou a vendedora.

— Parece perfeito. Vou levar — respondeu Jack, satisfeito com a escolha.

Em seguida, foram para a sessão de maquiagem. A vendedora mostrou a ele alguns estojos básicos que continham sombras, batons, blushes e pincéis.

— Este aqui é um kit básico para iniciantes, com cores neutras e fáceis de usar. Acho que ela vai gostar — sugeriu a vendedora.

Jack examinou o estojo e assentiu.

— Parece uma boa escolha. Vou levar esse também.

Com as compras concluídas, Jack agradeceu à vendedora pela ajuda e se dirigiu ao caixa. Depois de pagar, ele saiu da perfumaria com sacolas cheias de presentes para Charlotte, sentindo-se satisfeito com suas escolhas.

***

Enquanto isso, na fazenda, Charlotte estava sentindo-se triste e inquieta. Já se acostumara muito rapidamente com a presença de Jack e sentia sua falta. Procurou Julieta na cozinha, na esperança de descobrir onde ele estava.

— Julieta, você sabe onde o Jack foi? — perguntou Charlotte, tentando disfarçar a preocupação na voz.

Julieta, percebendo a ansiedade de Charlotte, desconversou, tentando ganhar tempo.

— Ah, querida, ele deve estar resolvendo algumas coisas na cidade. Por que você não me ajuda com os temperos da horta? Precisamos de algumas ervas frescas para o jantar.

Feliz com a ideia de ajudar, Charlotte pegou um cesto de colheita e dirigiu-se à horta. Enquanto caminhava pelo caminho de terra, respirou fundo, sentindo o ar fresco e tentando acalmar sua mente.

No meio do caminho, Jesse apareceu, bloqueando sua passagem. Ele sorriu e a cumprimentou com educação.

— Bom dia, senhorita Charlotte. Está tudo bem? — perguntou, tentando parecer amigável.

— Bom dia, Jesse. Estou bem, obrigada. Estou indo à horta pegar alguns temperos para Julieta — respondeu ela, mantendo um tom educado, mas distante.

— Posso acompanhá-la? Sempre é bom ter companhia — sugeriu ele, tentando parecer prestativo.

Charlotte hesitou por um momento, mas não queria parecer rude.

— Claro, se quiser — respondeu, continuando seu caminho.

Jesse andou ao lado dela, fazendo perguntas sobre como ela estava se adaptando à vida na fazenda. Charlotte respondeu educadamente, mas manteve suas respostas breves, sentindo-se um pouco desconfortável com a presença dele.

Chegando à horta, ela começou a colher os temperos, enquanto Jesse observava.

— Você está se saindo bem aqui. O pessoal da fazenda está um pouco mais animado com você por perto — disse ele, tentando iniciar uma conversa.

— Obrigada, Jesse. Estou tentando me adaptar — respondeu Charlotte, concentrando-se na colheita das ervas.

Jesse percebeu que ela não estava muito interessada em conversar e decidiu não insistir mais. Depois de alguns minutos, Charlotte agradeceu pela companhia e retornou à cozinha com o cesto cheio de temperos.

Jesse ficou parado observando enquanto ela se afastava. Ele reparou nas curvas do corpo de Charlotte e sentiu inveja do patrão por ter uma mulher tão jovem e atraente.

Quando voltou, encontrou Julieta ocupada com os preparativos do jantar.

— Aqui estão os temperos que pediu, Julieta — disse Charlotte, entregando o cesto.

— Ótimo, querida. Muito obrigada. Agora, por que não vai descansar um pouco? Jack deve voltar em breve — disse Julieta, com um sorriso tranquilizador.

Charlotte assentiu e foi para seu quarto, aproveitou para pegar um bloco de notas e anotar tudo o que gostaria de mudar em seu quarto. Ela para de escrever colocando a caneta na boca enquanto pensava.

Piscando algumas vezes, Charlotte se perguntou por que mudaria o quarto onde estava se em poucos dias estaria dividindo o quarto com Jack? A não ser, é claro, que ele gostasse de dormir sozinho.

Ela precisava descobrir o que ele preferia, para saber se teria um ou dois quartos para decorar. Charlotte sorriu e foi fazer uma anotação, mas parou novamente, colocando a caneta perto da têmpora.

"Mas se ele preferir dormir sozinho, talvez ele não queira que decore o quarto... Ah... Como vou perguntar sem sentir vergonha? Sei que ele disse que posso decorar a casa toda, mas tenho minhas dúvidas. E de repente, perguntar se tornou inviável, especialmente sobre os quartos."

Desanimada, deixou-se cair sentada na cama, tentando encontrar um jeito de conversar sobre isso com o noivo.

Horas depois, ela olhou para o relógio. Estava quase na hora do almoço e Jack ainda não havia voltado da cidade. Por um momento, sentiu-se insegura.

"Vamos nos casar em poucos dias. Será que ele está...? Não, não pode ser. Moramos juntos apesar de tudo, ele não faria isso... ou faria?"

Ela se assustou ao ver uma mulher, aparentemente uns dez anos mais velha, entrar em seu quarto. A mulher olhou para Charlotte com visível desagrado.

Charlotte piscou algumas vezes antes de levantar da cama e perguntar quem era a mulher loira de seios enormes apertados numa roupa que, no mínimo, era um número menor. Certeza que se vestia assim para chamar atenção para as curvas cheias.

— Meu nome é Amanda. Sou responsável pela limpeza.

— É mesmo? — perguntou Charlotte sem perceber, como se estivesse questionando a mulher.

— Se não acredita, eu vou embora. Depois Jack manda me chamar.

Charlotte franziu as sobrancelhas com raiva pela moça ser tão desrespeitosa e chamar seu noivo pelo primeiro nome. Estranhou toda essa intimidade. Cruzando os braços, observou melhor a moça e, por um segundo, ao ver a barriga tão redonda, achou que ela poderia estar grávida. Talvez estivesse enganada, mas se estivesse... NÃO! Achou melhor não ficar pensando besteiras e saiu do quarto.

A moça também saiu e, ao passar por ela, disse:

— Jack não vai gostar de saber que me tratou dessa maneira — disse, descendo as escadas correndo até alcançar a porta da frente e sair batendo com força.

— Mas que insolente! — disse Charlotte, sentindo um turbilhão de emoções. Seu coração estava perturbado e sentiu as lágrimas subirem aos olhos. Respirou fundo, tentando se recompor.

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