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Capítulo 02

༺ Oliver Mourett ༻

O som da explosão e dos tiros ecoavam pela minha imensa mansão. Derick estava ao meu lado, após garantir a segurança de Mia e meu filho. Fui imediatamente até a minha sala de armas. Da última vez, utilizei uma metralhadora e não hesitaria em usá-la novamente.

Quando se trata da segurança do meu filho e da minha mulher, não penso duas vezes. Esteves vai se arrepender de ter invadido minha casa. Já me livrei de Mauro, porém ainda resta ele e esses parasitas dos meus sobrinhos, que resolveram buscar vingança pela morte de seus pais.

Assim que Derick pega as armas necessárias para o combate e eu também, nos preparamos para seguir para o salão principal da mansão. Ele me olha por um momento e comenta:

— Estou com o senhor até o fim, apenas me dê as ordens e minha equipe agirá imediatamente. 

— Seja o que acontecer, espero que você mantenha nosso acordo de continuar fazendo a segurança da minha mulher e do meu filho. Eu não sei se vou sair vivo daqui Derick. — ele concorda com minhas palavras e responde.

— Eu sempre estarei aqui para o que precisar, senhor. Se acontecer algo, mando o último sinal para Gabriel fugir pela área de emergência, ele sabe o que fazer. Agora proponho colocarmos esses ratos para correr daqui! Que a guerra comece…

— Derick, precisamos acabar com tudo isso de uma vez por todas. Vamos dar um ponto final nessa guerra. Se Esteves não se render, eu o matarei sem pensar duas vezes! Estou cansado disso. — declaro, determinado em minha aflição.

Ele olha para mim sério, seu olhar refletindo o mesmo sentimento de determinação que eu sinto. Ele sabe que estou disposto a ir até o fim para proteger minha família. 

— Compreendo seu desejo, senhor, e estarei ao seu lado em cada passo dessa jornada. Vamos fazer com que Esteves suma de uma vez por todas. — respondeu Derick com um tom decidido. 

Enquanto seguimos em direção ao salão principal da mansão, minha mente divaga para o passado. Reflito sobre como tudo isso começou, como eles procuraram tomar o que era meu, como buscaram tirar a minha vida e a vida da minha mulher e meu filho.

"Esta guerra tem sido implacável e cruel", penso com amargura. "Mas tudo isso não é culpa minha. Porém, fui ingênuo em acreditar que poderia viver uma vida tranquila, longe das garras daqueles que invejam minha riqueza e poder.".

 Chegamos ao salão principal e Esteves está lá, rodeado por seus capangas. O olhar que ele me lança é desafiador, cheio de ódio e sede de vingança. Ainda mais determinado, me aproximo dele e, com voz firme, digo:

 — Esteves, chegou a hora de nosso acerto de contas final. Esta guerra tem que acabar, e se for necessário, acabo com você eu mesmo!

Esteves solta uma risada sarcástica, desdenhando das minhas palavras. Sua resposta é repleta de ódio:

— Você pode tentar, Oliver, mas eu nunca vou parar enquanto estiver vivo para me vingar pela morte dos nossos irmãos! O sangue se paga com sangue, lembra? Das velhas palavras do nosso pai?

 Sinto uma mistura de raiva e frustração invadindo meu ser. Ele está certo, tudo isso é culpa nossa, culpa por termos permitido que essa disputa entre irmãos chegasse a esse ponto.

Mas agora não há mais volta. Se eu quiser proteger aqueles que amo e garantir um futuro seguro para meu filho, tenho que enfrentá-los e acabar com ele de uma vez por todas.

— Sim, Esteves, o sangue se paga com sangue. E é isso que farei agora mesmo. Acabarei com você e com todos os que ousarem me desafiar. Essa guerra termina aqui e agora! — afirmo, apertando o gatilho da metralhadora.

Enquanto nos encaramos, esperando pelo confronto final, sei que estamos prestes a entrar em uma batalha que mudará para sempre o destino de nossas vidas. Mas, desta vez, estou mais decidido do que nunca a vencer e pôr fim a toda essa violência que nos consome. 

— Morra, seu desgraçado, e se junte de uma vez com os outros… — começo a disparar tiros e Derick e seus homens atacam junto comigo.

O ambiente está tenso, e o ar está carregado com a energia da iminente troca de tiros. Meu coração bate mais rápido enquanto segurava firmemente a metralhadora nas mãos, disparando. Derick está ao meu lado, segurando sua escopeta com a mesma confiança. Olho ao redor e vejo os inimigos se aproximando lentamente, com armas em punho e olhares de ódio. Eles são homens perigosos, seguidores de Esteves, que se uniram para nos derrotar.

Ao perceberem que estão em menor número, os capangas de Esteves começam a recuar. Por um descuido meu, quase ele me acerta, mas Derick me defende, atirando em seu braço. Esteves se esconde em uma das colunas da sala e comenta:

— Infelizmente, vou precisar me retirar, pois estou ferido, mas volto, seu desgraçado. Não sossego enquanto não meter uma bala no seu peito, matar aquela sua cadela e seu filho…

— E você acha que vou deixar um rato como você fugir depois de tudo que aconteceu? Homens, o capturem. Agora é melhor cortar o mal pela raiz imediatamente. — mando meus homens correrem imediatamente para segurá-lo, mas uma explosão acontece e uma rajada de fumaça surge, provavelmente alguma bomba, fazendo todos recuarmos, perdidos entre a fumaça.

Após alguns minutos, quando a fumaça some, só resta o rastro de destruição que ficou pela minha mansão. Que inferno, esse lugar não é mais seguro. Não posso deixar meu filho e a Mia aqui. Derick verifica tudo ao seu redor e depois volta me observando sério, comentando:

— Esse maldito infelizmente fugiu, mas já mandei outros homens irem atrás dele. Temos que localizá-lo e acabar com isso de uma vez, senhor. Essa guerra já passou da hora de terminar.

 — Concordo com você. Dê um jeito de encontrá-lo. Faça o seguinte: coloque sua cabeça a prêmio e assim o encontraremos. Duvido que algum mercenário rejeitará uma oferta como essa de 500 mil. — dou um sorriso malicioso ao falar isso e Derick concorda com minhas palavras. 

Ele vai até seus homens e comenta algo com eles. Continuo observando o rastro de bagunça que ficou na minha mansão. Me sento por um momento em um dos sofás, completamente destruídos. Teremos muita bagunça para os funcionários limparem. Eu também estou todo ferrado. Logo, meus pensamentos vão para Mia, e meu filho. Espero que eles estejam bem.

Vou para o meu quarto rapidamente, tomar um banho e troca de roupa. Em seguida, aperto o botão que chama Gabriel. Ele atende o telefone e peço para que ele traga a Mia de volta, pois a guerra havia acabado. Assim que ela volta para o quarto, percebo que está muito amedrontada. Nosso filho chora muito. Ao me ver bem, ela chora e parece aliviada, e me abraça enquanto comenta:

— Graças a Deus, isso acabou. Ainda bem que você está vivo e que não aconteceu nada mais grave.

— Falei que eu iria voltar para você, não disse? Não deixarei nada acontecer com você e com o nosso filho. Fique um pouco no quarto. Está uma bagunça lá fora, uma verdadeira zona de guerra! — ela concorda com minhas palavras e se senta na cadeira com meu filho.

O segurança nos dá privacidade. Mia queria amamentar nosso filho, então decidi sair para dar-lhe mais liberdade. 

Ainda observo da sacada da escada tudo o que aconteceu na mansão. Só espero que Derick consiga colocar a mão nesse cachorro do Esteves que resolveu invadir minha casa e não deixar minha vida em paz. Por um momento, olho para o velho quadro, que está pendurado na parede da minha casa, um retrato do meu pai, e digo:

 — É, seu Nicolae, você não errou quando me disse que eles tentariam me matar para colocar as mãos em tudo o que é meu. Mas é bom que o senhor saiba que não renuncio a nada. Espere, porque logo Esteves estará no inferno fazendo companhia aos outros ao seu lado.

Pode parecer loucura dizer algo assim para o retrato do meu pai, mas não acredito que um homem cruel como ele tenha ido para o céu. Provavelmente, está pagando por seus pecados no inferno. Respiro fundo, analisando toda essa situação. Vejo os funcionários limpando toda a bagunça. Agora preciso pensar em uma forma de me prevenir contra o próximo ataque.

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