CAPÍTULO 9
Igor Smith
Por hoje decidi esquecer tudo o que me aconteceu, decidi que esse seria um dia para mim e a Luana, apenas. A levei em lugares simples ao meu ponto de vista, mas não há dinheiro que pague todas as expressões que presenciei no rosto dela hoje.
Ela sorri parecendo encantada com tudo, tem uma leveza no semblante, e uma delicadeza incrível, gosto do seu jeito de falar e de agir, pois ela sempre age naturalmente, principalmente quando ela pula e me abraça espontaneamente, posso dizer que me sinto vivo e livre novamente. Só acho que ela precisa aprender a se importar mais com ela mesma, mas vou ajudá-la com isto!
Acho até que hoje me diverti muito mais do que ela, fazia muito tempo que eu não passava fazendo algo que eu realmente quisesse, sem cobranças, sem encheções de saco... apenas eu e ela nos divertindo em um cruzeiro que já era para ser assim! Eu só não sabia que seria tão diferente, e tão divertido como está sendo.
Ao chegarmos na danceteria do navio, nunca imaginei que ela gostasse de dançar, nos divertimos muito explorando todos os cantos daquele local, a cada música que tocava era muito mais sorrisos espalhados entre eu e ela, acho que eu já havia me acostumado com a sua mão no meu pescoço e a minha na sua cintura, gosto da textura do seu corpo e do seu cheiro, não sei explicar, mas me sinto muito confortável com ela.
Ao movimentar da sua cintura me causava diversas sensações, me lembrava do seu corpo, a sua pele nua na minha cama ontem, e eu queria muito mais do que aquilo e não sei explicar porquê, seria desejo? Não sei!
Eu deveria estar implorando para que a Elisa estivesse aqui, mas a verdade é que gostei muito mais de ficar aqui com a Luana, e não tenho vontade de parar tudo que estou fazendo, pois seria um sonho se eu passasse mais uma noite com ela no meu quarto, mas não posso sonhar tão alto, ela jamais me aceitaria, ela ama o idiota traidor!
Então tratei de simplesmente fazê-la feliz hoje, ela merece... principalmente depois de tudo o que aconteceu entre ela e aquele imbecil do seu ex.
Fico observando ele entre o salão de vez em quando, e ele até se arriscou a vir dançar com uma outra mulher próximo da gente, mas ele é tão ridículo que é nítido como está irritado de ver a Luana tão bela e acompanhada de mim, vejo as expressões do rosto dele que o entrega e dizem que ele está morrendo de inveja, porque vou dizer uma coisa por experiência própria... aquele homem nunca amou a Luana, mas também não sou idiota e sei que muitas pessoas agem e tem pensamentos possessivos sobre outras, se achando o dono dela e esse Hélio é um deles.
Percebi que o tal Hélio foi para a mesa de pôquer, que ficava ao lado da pista de dança, então peguei pela mão de Luana, e a conduzi até lá, verificando que o folgado, aproveitador estava jogango Texas Hold'em, e eu sou um ótimo competidor, adoraria esfregar na cara daquele otário que eu era muito melhor do que ele, então nos aproximamos da mesa.
— Você já havia vindo a um Cassino antes? Sabe jogar? — perguntei a Luana, que negou tudo.
— Mas aqui é outro nível, não é? Tapete vermelho, roletas, lustres, e quantas mesas diferentes... ainda bem que estou vestida a altura! — falou maravilhada olhando ao seu redor, mas vi o seu sorriso desaparecer ao ver o seu ex, com aquela mulher, jogando e aparentemente acabaram de ganhar, pois ela se jogou no colo dele no final da partida.
Haviam várias pessoas com dinheiro ali, mas eu escolhi o imbecil para deixar sem nada hoje, então me sentei na mesma mesa que ele que me olhou sorridente, certamente estava se achando por ter ganho algumas partidas, mas era isso que eu queria... deixá-lo bem confiante!
Quanto mais alto ele subir, com mais impacto será a sua queda, então... sorri de canto, e para o provocar, puxei a cintura da Luana em encontro com a minha, e coloquei o meu braço por trás dela, descendo a minha mão próxima a sua bunda, enquanto não tirava os olhos do idiota, que chegou a contorcer o rosto quando viu, e percebi que estava indo pelo lugar certo! Acertei o tiro!
Beijei o braço esquerdo da bela mulher que estava ao meu lado, três vezes, e aproximei o seu ouvido da minha boca, dizendo:
— Relaxa querida! Tudo o que precisa fazer é se lembrar dos meus conselhos, e se sentar aqui do meu lado! Hoje você será a minha fada da sorte! — falei, e ela arregalou os olhos, e segurou o meu rosto para falar no meu ouvido, me causando arrepios na espinha.
— Eu só tenho azar! Se depender de mim para você ganhar, perderá muito dinheiro! — ela falou e eu sorri, olhei para os dois patéticos a nossa frente, e agora é que eu me inspirei mais, e o jogo ficaria muito mais interessante!
— Nada disso, meu bem! Você verá! — Pisquei pra ela.
— Quero cartas! — pedi ao dealer que estava gerenciando aquela mesa, e assim que recebi, o jogo começou.
Eu não me saí nada bem, e o infeliz do Hélio sorria o tempo todo com a vadia que estava com ele, que não parava de tomar bebidas caras, e comer morangos com chocolate.
Eles pareciam querer provocar a Luana, ela dava até morangos na boca dele, olhando para a bela jovem que de vez em quando virava o rosto, sem ao menos querer olhar para aquilo.
Foram três rodadas seguidas que ele ganhou, e a cada jogada parecia querer provar algo a Luana, que tocou na minha perna, e me falou, parecendo preocupada.
— Igor, eles parecem estar se dando muito bem! Tem certeza que quer continuar? — perguntou.
— Nós apenas começamos a jogar, minha cara! Sorte de principiante! Observe... — falei calmamente.
O dealer entregou novas cartas, e eu vi o sorriso no rosto do imbecil, e percebi que ele estava com sorte outra vez!
— Flush! — falou sorrindo ao virar as cartas, e a vadia o beijou de forma ousada, causando espanto de todos, e vi o olhar de tristeza no rosto de Luana, que engoliu seco, e decidi que já estava na hora de virar o jogo.
— Quero All in! Aposto tudo nesta rodada! — falou batendo a mão na mesa, e estava com o queixo erguido em nossa direção, querendo intimidar, então analisei as minhas cartas, e vi que poderia encarar, eu só precisava de um pouquinho de sorte, e nada mais, pois as cartas eram boas, três do mesmo naipe.
— Fechado! Sinto que hoje é o meu dia de sorte, já que estou com a fada da sorte! — sorri, e me levantei da cadeira dando um beijo na testa da Luana, que sorriu, mas visivelmente estava tensa.
Virei as minhas cartas, e precisei aguentar mais um burburinho de risos, porquê eu ainda não havia ganhado, e o olhar daquele cretino já tinha me enchido a paciência, então estava na hora do show. Olhei para a Luana sentada naquela cadeira, e com um olhar direcionado a ela, perguntei:
— Você vira a última carta pra mim? — lancei um olhar ameaçador aos cretinos quando ela confirmou.
— Claro! — levantou com pose, olhou para todos a sua volta, mas não teve pressa. Então busquei a sua mão e dei um beijo lento, e então falei...
— Brilhe! Minha fada da sorte! — ela sorriu se sentindo mais confiante, e virou a carta de uma vez! Arrancando suspiros e ...
— Ual!
— Nossa!
— Olha só! — comentavam.
— Um full house! Parabéns senhor Smith! Acabou de faturar milhares de dólares! — falou o dealer, e essa vez foi a Luana quem se jogou no meu colo, com tanto entusiasmo, que fui encostado na outra mesa!
Ela estava agarrada ao meu pescoço, com o corpo completamente colado ao meu, segurando firme em mim, com as pernas grudadas na minha cintura, e a fenda do vestido fez a sua coxa ficar bem exposta, e a minha mão formigou de vontade de tocá-la.
— O seu cheiro é tão bom! — falou esfregando o nariz no meu pescoço me causando coisas demais.
— Você acha? — perguntei agora descendo a mão em sua coxa, e ela passou ainda mais o nariz no meu pescoço, então não consegui me controlar, quando olhei para a sua boca rosada, me lembrei dos seus beijos na noite passada, aquela pele delicada, macia, um beijo doce, e acolhedor, com a quantidade perfeita de sensualidade, e desejo...
Eu a beijei... senti novamente aquela eletricidade dentro de mim, e foi ótimo! Como é bom beijar a Luana! Senti o meu membro já duro e dolorido dentro da calça, e acho que ela notou, pois encerrou o meu delírio me dando um selinho e olhando nos meus olhos.
— Me desculpe! — Falei, encarando os seus olhos.
— Tudo bem! Eu também quis! — piscou pra mim.
— Pegue esse dinheiro para pagar as suas dívidas! Você precisará muito mais dele do que eu! — Falei para ela.
— De forma alguma! Não posso aceitar! — Falou assustada.
— Já te expliquei que presente não se recusa! Então não me faça essa desfeita! — falei e ela suspirou alto.
— Tudo bem! Mas, não se acostume! — brincou ela, e nós dois sorrimos.
Olhei a nossa volta e todos nos olhavam e alguns até aplaudiram, mas o melhor prêmio da noite foi ver a cara de decepção do Hélio...
Ahhh! Como eu me senti naquele momento! Sério... ele olhava furioso, as mãos fechadas sobre a mesa, dentes serrados, formando a linha fina na boca, com o corpo levemente apoiado sobre a mesa, e a vadia o empurrando por ter perdido.
— Quero ver como vai pagar a minha conta, só de espumante, já gastei três mil dólares! — falou com uma voz enjoativa, e adorei ver a cara dele de raiva, aquilo era muito divertido.
Olhei para o idiota outra vez, e abracei a cintura da Luana, de costas pra mim, e encostei o queixo no pescoço dela, e o provoquei...
— Obrigado por me deixar ficar com a fada da sorte! — pisquei pra ele, que contorceu o rosto, e logo empurrou a vadia que estava com ele, e saiu da mesa furioso a deixando ali sozinha, bufando de raiva. E, aí eu pergunto... tem dinheiro que pague? (Risos)