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CAPÍTULO OITO

- O QUE É ISSO? – pergunto as minhas irmãs que estão mantendo meu namorado de refém. Sim, essas malucas pegaram ele, não sei como, já que ele é quase o dobro do tamanho delas e prenderam ele na cadeira e amarraram suas mãos.

Com certeza ele deixou elas fazer isso né?

- Que bom que veio mana, esse brutamontes aqui estava mexendo na sua televisão, quando entramos no seu apartamento, levamos um susto, porque achamos que ele estava roubando.

- Ele estava mexendo na minha televisão? – começo a rir da maluquice dessas duas e o Julian ri também, e pisca pra mim...

- Sim, tipo escolhendo filme, mas acho que ele disfarçou quando nós entramos na porta, ele estava sentado no braço do sofá, parecendo bem confortável, quem é ele?

- Podem soltar ele? Por favor?

- Claro que sim, mas primeiro nos diz quem é esse homem.

- Esse é o Julian, meu namorado!

Elas me olharam e se olharam, depois olharam pro Julian e disseram:

- Seu namorado? Como? Quando e porque ele?

- Sim, meu namorado, como eu não sei responder, quando, foi hoje e ele, porque gostei dele desde que o vi...

- E quando você viu ele?

- Hoje lá na empresa, ele é filho do tio Anthony. E veio assumir a empresa no lugar do pai dele, e vamos nos casar também, porque ele é meu prometido desde que eu estava no útero da mamãe.

- Sério? Uau... solta ele mana e desculpa senhor Miller, não queríamos fazer isso. Mas achamos que a nossa irmãzinha estava em perigo.

- Tudo bem meninas, eu deixei vocês me prenderem, porque achei legal da parte de vocês esse carinho para com a minha namorada, e podem me chamar de Julian ou cunhado fora da empresa.

- Tá bom, mas querem saber porque viemos aqui agora?

- Sim eu adoraria saber, do porque vieram atrapalhar o meu programa com o meu namorado. – digo sorrindo e curiosa com a situação toda.

- O papai e a mamãe convidaram nós duas pra jantar lá hoje, e fomos achando que você também estaria, mas aí papai disse que você não iria, até aí tudo bem, mas quando serviram o jantar, a vontade era sair correndo, eles trouxeram lá da vovó, aquelas iguarias terríveis que só você gosta Gwen, e comemos forçadas, ou pra não fazer desfeita a vovó. Mas não gostei não, acho que era morcela. Sei lá o nome daquele trem.

Mas aí quando chegamos aqui no corredor e sentimos o cheiro de comida, eu fiquei tão feliz... Mas ao abrir a porta e ver essa pessoa estranha, ficamos apavoradas. Desculpe!

- Tudo bem meninas, eu e o Julian fizemos lasanha à bolonhesa, e sobrou bastante, vocês podem se servir e comer à vontade, sabem onde fica tudo aqui em casa, eu só vou pegar a sobremesa e vamos assistir um filme juntinhos, logo ele já vai embora. – digo indo em direção a cozinha.

- Ata, nós vamos nos servir e vamos para o nosso apartamento pra dar privacidade a vocês.

- Podem levar a travessa se quiserem.

- Podemos?

- Sim, tem arroz pronto e batata palha, só não sobrou salada.

- Não precisamos da salada...

- Tenho mousse de chocolate, querem também?

- Com certeza. Obrigada mana, você é a melhor irmã do mundo. E o seu namorado, é UAU...

- O que isso quer dizer?

- Muito lindo... Nós duas aprovamos né Marie?

- Com certeza...

- Obrigada eu acho, amanhã conto os detalhes a vocês tá bom?

- Ok. Vamos mana...

- Vamos. – Elas pegam as coisas e antes de saírem vão até a sala e falam:

- Desculpa cunhado, e foi um prazer te conhecer...

- Tranquilo, foi um prazer conhecê-las.

- Tchau... se comportem!

- Tchau.

Elas saem e fecho a tranca que tem do lado de dentro, não preciso delas fuxicando aqui né?

Pra namorar, preciso de privacidade e a partir de hoje, vou precisar usar essa trava sempre.

Peguei a mousse, coloquei num recipiente de sobremesa uma quantidade bem generosa e levei pra sala. Ele já havia escolhido o filme e estava me esperando com a mantinha estendida pra eu sentar do lado dele... Entreguei pra ele o mousse e ele apertou play.

Ele escolheu um filme policial, que tem comédia e drama junto. Um filme muito bom, leve e divertido.

Demos boas risadas e no meio do filme, eu peguei pra nós comer algumas guloseimas, que comprei hoje, eu tinha pego doritos, ruffles, rapadura e chocolate em barra. Coloquei tudo na nossa frente e mesmo estando cheios do jantar, comemos as coisas.

E claro, ficamos bem juntinhos, e nós nos beijamos muito durante o filme. Ele é realmente muito carinhoso, o tempo todo ele fazia carinho na minha mão, no meu ombro, na minha perna. Sempre me tocando e eu amando o contato com ele e claro que abusei do corpo dele também, eu de vez em quando tocava o peito dele, as mãos, as pernas, o tanquinho e os braços musculosos. Ele é todo firme, sinal que malha muito.

Depois que o filme acabou. Já era quase vinte e três e vinte. Bem tarde por sinal, e eu não queria que ele fosse embora.

Como é possível querer tanto a companhia dele?

Será que estou ficando dependente emocional? Não né? Sou bem resolvida pra pensar bobagens.

Acredito que só estou apaixonada. E deve ser assim, no início. Acho que quando gostamos de alguém, queremos a companhia dessa pessoa em qualquer lugar, e a toda instante.

Mas não vou pedir pra ele ficar, porque ele tem que tomar banho, trocar de roupa e talvez não consiga dormir sem estar com as coisas dele. Aqui ele teria que tomar banho e vestir a mesma cueca, e seria estranho né?

E aí amanhã seria uma correria pra ir trabalhar.

- Bom, já está tarde Gwen, agora vou ir. Tá? Só vou chamar um Uber, porque meu carro ficou lá na empresa.

- Vai com o meu, e amanhã passa aqui me pegar. Ou se não der, eu vou com uma das minhas irmãs. E me entrega o carro lá, pode ser?

- Tem certeza?

- Sim...

- Tá bom então, obrigado. Amanhã umas sete e quarenta passo aqui.

- Ok. – ele veste o terno, coloca a gravata no bolso e depois de pegar a chave do carro, ele diz:

- Até amanhã... – levo ele até a porta e ele me puxa pra mais um beijo daqueles bem gostoso. Depois de me deixar praticamente sem ar, ele me dá um selinho e vai depois que abri a porta.

Esperei ele entrar no elevador, ele se virou e acenou pra mim. Sorri e acenei de volta! Uau... Estou mesmo perdida!

Fechei a porta e fui em direção a sala pra retirar a bagunça que fizemos, tinha plástico das coisas que comemos, coloquei tudo no lixo e depois fui em direção ao meu quarto, escovar os dentes e me arrumar pra dormir.

Terminei meu SKIN CARE e prendi meus cabelos dentro de uma touca macia. Assim ele acorda bonito amanhã e não todo rebelde.

Deitei na minha cama, peguei meu celular pra colocar despertar e lá estava a mensagem de um número desconhecido que eu sabia de quem era.

Meu namorado.

Salvei o contato dele e abri a mensagem:

23:50 “Cheguei em casa, Linda... Boa noite. Adorei passar a noite com você. Até amanhã, beijos.”

Respondo pra ele.

23:55 “ Boa noite e que bom que chegou bem, também adorei a nossa noite. Beijos...”

Deitei minha cabeça em meu travesseiro e estava tão cansada que logo apaguei.

Nem senti a noite passar e acordei com o meu despertador berrando... Meu Deus estou muito cansada! Mas vamos lá né? Hoje é dia de tentar resolver os problemas da empresa.

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