Pensando nele
Celine
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Ficar na cadeira sentindo a calcinha molhada e mesmo assim tentar prestar atenção na aula, foi uma verdadeira prova de fogo.
Todo o meu ser estava em chamas, e isso me deixou extremamente irritada.
Eu me recuso a permitir que esse professor me trate como uma desequilibrada, e também me recuso a demonstrar pra ele que de certa forma ele havia conseguido fazer com que eu me interessasse por algo além da aula dele.
Na verdade eu não estava em guerra com ele, eu estava em guerra comigo, estava em uma luta travada entre a razão e a emoção, ou eu posso dizer desejo?
Eu nunca gostei de pensar que o sexo pode ser feito sem envolver sentimentos, acredito que é preciso ter sentimentos pro sexo acontecer.
Eu particularmente não admiro quem consiga fazer a separação entre as duas coisas, pois é como se o corpo fosse um objeto que pode ser usado por qualquer um, sem nenhum pudor ou cuidado, e as pessoas que tratam o sexo de maneira tão liberal me faz pensar o quanto são vazias.
Eu não preciso conhecer o professor Kyle pra saber o tipo de cafajeste que ele é.
Da pra perceber na forma como ele trata as mulheres, tentando dar atenção a todas na tentativa de sempre ter uma porta aberta pra levá-las pra cama.
Elas nem percebem que ele faz uma seleção mental pra definir qual delas vale ou não a pena comer.
Se elas soubessem que homens assim não valem o chão que pisam, iriam valorizar melhor seus corpos, e não oferecê-los pra esse escroto fazer o que quiser.
E é pensando assim, que eu evitei que alguns se aproveitassem de mim.
Eu sei exatamente o quanto eu sou bonita, e o quanto o meu padrão de beleza é raro, e eu tive que aprender a me defender, e as minhas estratégias deram certo por muito tempo, até esse cretino aparecer na minha frente exigindo a minha atenção.
A aula terminou, e mais uma vez eu não prestei atenção nela, e nem nas outras duas depois dela.
Fiquei o tempo todo na sala, embora eu precisasse ir ao banheiro, evitando o risco de cruzar com o Kyle nos corredores.
No fim das aulas eu fui pro meu carro com a maior pressa, louca pra chegar em casa e apagar o fogo no meio das minhas pernas.
Assim que cheguei em casa, fui direto pro meu quarto e nem respondi a Graça quando ela me perguntou se eu queria almoçar.
Eu estava com fome, não havia comido nada entre uma aula e outra, mas eu precisava de um tempo longe dos olhares de qualquer pessoa, eu precisava de privacidade.
Tranquei a porta do quarto, tirei a minha roupa e fiquei só com a calcinha que ainda estava úmida.
Fui pra frente do espelho, e olhei pro meu corpo.
Deslizei as minhas mãos pelos meus seios, e os apertei, imaginando ser as mãos do professor.
Depois, desci uma das mãos até as minhas pernas e lembrei do toque dele, que foi tão leve, mas deixou um caminho inteiro de desejos.
Fui refazendo todo o caminho que ele fez, e fechei os meus olhos, lembrando da ereção dele entre as minhas pernas.
- Ai professor, falei em meio aos gemidos.
Fui até a minha calcinha que voltou a ficar encharcada, e enfiei a mão por dentro dela, enquanto a outra apertava o meu peito.
Voltei a abrir os olhos, e comecei a me masturbar enquanto me olhava no espelho, tão entregue ao desejo e ao tesão.
Imaginei que fosse ele me tocando, me apertando e me fazendo suspirar de desejo.
Juntei as minhas pernas na tentativa de sentir com mais firmeza o toque, e aumentei a velocidade da minha mão no meu clitóris.
A medida que eu ia movimentando a mão, eu soltava pequenos gemidos.
Senti que já ia gozar, e fechei os olhos me entregando ao prazer.
- Kyle...
O chamei, como se cada parte do meu corpo respondesse a ele.
- Esse será um segredo entre nós, falei olhando pro meu reflexo.
Eu jamais iria admitir que me masturbei pensando nele.
E faria de tudo pra não permitir que ele voltasse a me tocar.
Eu precisava voltar a focar nos meus estudos, e esse desejo ardente que passei a sentir por esse homem pode me prejudicar.
Meus pais me treinam pra eu ser excelente em tudo o que faço.
Eles me motivam a buscar ser a melhor em tudo o que eu me proponho a fazer.
Então eu não posso decepcioná-los me deixando levar por coisas como essas.
- Foi só uma masturbação, não vai passar disso. Falei.
Preparei a banheira e fui tomar um banho, e eu não me importei de passar tanto tempo de baixo da água.
O meu corpo necessitava relaxar.
Eu estava tensa com tudo o que aconteceu em míseros dois dias de aula.
Chega a ser absurdo as coisas mudarem tão depressa assim.
Assim que eu saí do banheiro e fui pro quarto, a Graça bateu na minha porta.
Graça: Celine, sua amiga está aqui.
Eu nem precisei perguntar qual amiga, eu só tenho uma.
- Pede pra ela subir por favor.
Destranquei a porta e logo depois ela entrou feito uma louca.
Ela sempre faz isso, entra e se jogava na minha cama.
- As vezes acho que você tem 60 anos Karen.
Vive se jogando em qualquer lugar confortável que encontra.
Karen: É porque eu vivo cansada, mas não consigo sair dessa vida dupla.
- Não sei como você consegue trabalhar com a esposa do seu cliente, como se nada estivesse acontecendo.
Karen: Quando aceitei esse emprego eu não sabia que o marido dela era justamente o cara que me come.
- Mas você poderia ter parado de sair com ele.
Karen: Você tá louca? o cara me enche de mimos, eu não vou perder meus benefícios só porque trabalho com a mulher dele.
- Você é terrível.
Karen: Eu fiquei um pouco mais fria e calculista depois que te conheci.
- Ah, agora a culpa é minha? falei rindo.
Karen: Talvez.
- Ah, não ferra sua cachorra.
Karen: Agora eu preciso ir pra casa, pois hoje a noite vou atender um cliente muito gato e é um dos que pagam melhor, no fim de semana eu não vou querer saber de desculpas, a gente vai sair pra curtir.
- Desde que você não pegue nenhum macho enquanto estiver comigo,por mim tudo bem, não estou a fim de segurar vela.
Karen: Você devia se permitir pegar um macho também, pra deixar de ser virgem e descobrir o quanto é bom ser comida.
- Não passei tanto tempo fugindo de macho escroto, pra dar pra qualquer um em uma noite de farra.
Ela se levantou e caminhou até a porta, mas antes me infernizou um pouco mais.
Karen: Se continuar assim, vai morrer com a buceta tampada, criando teia de aranha.
Peguei uma sandália e joguei em direção a ela, mas ela fechou a porta a tempo de não ser atingida.
A Karen era a minha amiga, não digo que ela é a melhor porque só tenho ela, mas se eu tivesse outra, a Karen com certeza seria a melhor.
Ela tem 23 anos e é formada em educação física, ela dá aula meio período em uma academia, e é acompanhante de luxo.
Ela sai com um cara a nove meses que da de tudo pra ela, inclusive foi ele que pagou o silicone dela, e depois que ela começou a trabalhar na academia, descobriu que o marido da dona era esse mesmo cara, ou seja, os dois pagam o salário dela.
Ela ficou surpresa, mas continuou saindo com ele.
Eu já disse que uma hora a casa cai.
Mas ela paresse não estar nem aí.
Ela só pensa em juntar uma grana e dar uma volta pelo mundo.
Digamos que ela trabalha pra pagar as viagens caras que ela quer fazer, se bem que ela já fez muitas, pois muitos desses caras a levam pras viagens que eles fazem sem a família.
Homens são todos iguais, só muda o endereço.
Eu sei que é meio contraditório eu ser tão reservada e ter uma amiga assim, tão igual as mulheres que vivo criticando, mas eu não sabia que ela era assim quando eu passei a amá-la.
Agora eu vivo nesse relacionamento abusivo, amando uma puta totalmente diferente de mim.
Só eu posso chamá-la de puta, ninguém mais.
Brincadeiras a parte, ela é uma boa amiga, ela pode ser e fazer o que quiser da vida dela, mas ela nunca falhou comigo como amiga, ela deixa qualquer cliente na mão se eu precisar dela.
O único problema é que ela vive mandando eu perder a virgindade pra eu saber o que é bom.
Eu não preciso de homem nenhum pra me satisfazer.
Depois de colocar uma roupa, eu desci pra comer, pois não dava mais pra segurar a fome.
- Graça, eu estou com fome.
Graça: Já está um pouco tarde Celine, você quer almoçar ou merendar?
- Almoçar, é melhor eu me alimentar bem.
Ela esquentou a minha comida, e eu comi pensando na minha vida que já estava toda desregrada.
É incrível como uma única coisa pode influenciar todas as outras.
Depois de comer, voltei pro quarto e fui estudar.
Eu precisava recuperar o conteúdo que eu havia perdido.
Enfiei a cara nos livros, e quando terminei já era de noite.
Estranhei o fato dos meus pais não terem chegado ainda do trabalho.
Eles trabalhavam juntos em um escritório de advocacia.
Graça: Celine, a janta está pronta, e eu já estou indo.
Seus pais ligaram e disseram que iriam chegar um pouco tarde e que você pode jantar sem eles.
- Tudo bem Graça, obrigada.
Me servi e jantei, me sentindo sozinha, comecei a ficar depressiva pensando no quanto a minha vida era parada e sem emoções.
Eu tenho 18 anos e não sei viver a vida como pessoas da minha idade.
Talvez eu pudesse ser um pouco menos controladora comigo mesma.
Depois de jantar voltei pro meu quarto e deitei na cama, quando o meu celular tocou.
Levantei e peguei ele ainda dentro da bolsa, e vi que eu não conhecia o número.
- Alô?
Ninguém me respondeu, eu apenas escutei a respiração forte de alguém do outro lado da linha.
- Alô? quem é?
A pessoa continuou calada.
- Se você não falar nada eu vou desligada.
" Srt. Celine".
Fiquei sem reação ao ouvir a voz grossa do outro lado da linha.
Como ele conseguiu o meu número? que droga, é claro que ele tinha o meu número, ele era o meu professor.
- Eu espero que você tenha me ligado pra falar sobre algo relacionado a sua matéria professor.
Kyle: Na verdade eu liguei pra saber como ficou a situação da sua calcinha Srt.Celine.
Mais que filho da puta descarado. Pensei.
- Professor, você não tem capacidade pra deixar a minha calcinha em situações precárias.
Kyle: Srt. Celine, tenho certeza que você ficou molhada só com um toque meu. Capacidade quem não tem é você, de controlar a sua libido quando está perto de mim.
- Não seja idiota Kyle, você não é homem o suficiente nem pra arrancar um suspiro meu, quanto mais a minha libido.
Kyle: Veremos se você está mesmo certa Srt. Celine.
Amanhã é um novo dia, boa noite.
Fiquei de boca aberta, sem pronunciar nenhuma palavra.
Ele desligou e eu continuei estarrecida.
- Esse homem só pode fazer cursinho com o demônio. Que cretino.
Não bastou ter feito do meu dia um inferno, agora ele irá infernizar os meus pensamentos durante a noite.
Senti um leve formigamento na minha vagina, mas dessa vez eu seria forte.