Elevadores Não Confiáveis
Geovane Geordano
Nossa bocas se juntam e os lábios dela são como um mel que me faz ficar hipnotizado a cada vez que provo, e eu quero mais, como um louco insaciável, quero a boca dessa mulher, eu quero essa mulher, e mesmo não querendo estar perto dela, não consigo me conter. Subo as minhas mãos até os seios dela e aperto, eram duros e firmes como eu me lembrava, no dia do casamento eu juro que não queria fazer nada com ela, mas ela no meu colo me fez entrar num mundo sem fim de desejo por ela e eu a quero de novo. Aperto o botão para que o elevador pare e assim eu possa me perder em seu corpo, ela está agarrada a mim, as pernas em volta do meu corpo e o rebolado dela está me deixando cada vez mais louco, querendo ter o corpo dela, sentir cada pedacinho.
Ergo a sua camiseta e lá está ela me deixando louco, sem nenhuma lingerie, os seios empinados eu os observo e caio de boca em cada um deles, o bico duro me dá chance de morder e sentir ela se remexer, uma das minhas mãos segue para a frente da sua calça Jeans e esfrega o seu centro do prazer, como eu gostaria que ela estivesse de vestido, na verdade, eu gostaria que ela não estivesse usando nada. Se eu pudesse chegar até onde tanto desejo, como eu quero rasgar as roupas dela e deixá-la exposta só para mim, me abaixar e com a minha boca provar o seu sexo que pulsa por desejo, ver como ela deve estar molhada e pronta para me receber. Minha respiração está me deixando sufocado, a vontade e a ansiedade para ter essa mulher me deixa cada vez mais ofegante e cheio de fervor.
Abro o botão da calça dela preciso chegar onde tanto desejo e ela não oferece nenhuma resistência, e então sinto o que tanto desejei, e solto um gemido rouco enquanto ela está perdida no seu próprio desejo e soltando assim como eu, lamúrias de não poder fazer o que tanto desejamos. O meu dedo escorrega sobre a carne quente dela e eu faço movimentos circulares em seu clitóris, o que a deixa cada vez mais louca e intervalo entre beijos e mordidas em seio até que Mia Madson se desfaz numa nuvem de desejos, seus gemidos podem ser ouvidos de longe e eu dou um sorriso por saber que pude proporcionar isso a ela.
Ela fica parada por uns instantes, com a cabeça encostada na parede do elevador e com as pernas ainda envoltas ao meu corpo, mas quando olha para mim é como se caísse em si no que havia feito, ela respira fundo e se solta de mim, colocando seus pés no chão, parece envergonhada do que fez. Ela estaria com vergonha de mim? Uma mulher que sempre está nos jornais metida em confusão e que é toda cheia de si.
— Mia… - antes mesmo que eu continue, ela levanta a mão e me faz parar.
— Geovane, por favor, não diga nada.
Ela aperta o botão do elevador que marca que o próximo andar é o nosso, ela arruma sua roupa e eu a observo, sem dizer nada, mas quando chegar em minha sala eu quero sim conversar com ela, mas quando a porta do elevador se abre lá está a mulher com quem eu deveria ter me casado. Paola nos observa atentamente.
— O que vocês estavam fazendo juntos? - Paola olha para Mia que dá um sorriso - Vocês dois, nesse elevador? - ela coloca a mão na boca e fica com os olhos cheios de lágrimas.
— Nós estávamos resolvendo alguns problemas, só isso.
— Eu vou embora - eu vou acabar perdendo a Paola por causa de Mia - Não precisa ir embora - Mas ela sai em disparada e eu vou atrás dela e explico a situação - Vamos até meu escritório e lá conversamos, por favor - com muita relutância ela aceita.
— Vocês estavam juntos?
— Paola, nós estávamos conversando sobre o divórcio, não é mesmo Mia?
— Sim, sobre o divórcio - ela fala sentada na poltrona do meu escritório - Do que mais íamos falar? Ou fazer, não é mesmo Geovane?
— Nós já nos divorciamos, Paola - me senti um idiota, tendo que mentir - Agora temos que esperar os trâmites legais. O nosso casamento durou apenas uma hora, durante a recepção nós dois já nos divorciamos, Mia está aqui e pode confirmar tudo.
— Como vocês ficaram casados por tão pouco tempo? - ela estava surpresa com tudo que estávamos falando para ela.
— Foi um casamento falso Paola e precisamos fazer isso, mas Mia assinou os papéis na minha frente depois do casamento e tudo foi resolvido. Precisamos somente de mais alguns dias para que os trâmites sejam feitos. Diga para Paola, que você já assinou o divórcio - Ela olha para mim e vira os olhos.
— Eu já assinei Paola, o Geovane é um homem livre, nosso casamento foi de mentirinha, daqui a alguns dias ele será todo seu - Mia se levanta - Eu vou embora se não precisam mais de mim, bye - ela então sai e nos deixa a sós, eu me aproximo de Paola que está em pé olhando a janela, o tempo chuvoso anuncia que vai cair uma tempestade.
— O tempo hoje está como meu coração, nublado e chorando. Você se casou com outra mulher.
— Você sabe que eu sou seu e meu casamento é uma mentira, vou estar livre de tudo isso logo - eu encosto a minha testa na dela, quero que ela sinta que estou dizendo a verdade, preciso ficar longe de Mia - O que acha de almoçarmos juntos?
— Eu não sei se devo - ela dá alguns passos.
— Por favor, Paola. Fique comigo.
Ela aceita e nós dois descemos até a garagem, eu pego meu carro e pretendo ir em algum restaurante, a chuva está muito forte e quando olha na calçada em frente à empresa, a minha esposa de mentira está toda ensopada e pelo jeito esperando para um táxi, Paola também a vê eu olho para ela e ela está pronta para dizer algo, mas paro o carro abaixando o vidro e deixando claro que não queria aquela situação, mas eu não podia deixar Mia ali naquela tempestade, então paro o carro e pergunto a ela se quer carona.
— Você quer carona? - não podia deixar a mulher com quem eu estava no elevador a pouco tempo naquela chuva.
— Eu não estou conseguindo um táxi, todos estão cheios. E a chuva está muito forte - ela está ensopada.
— Entra, eu levo você.
— Obrigada - ela diz depois que entra.
Foi a única palavra dita naquele carro, enquanto estávamos nós três ali, ela se sentou atrás de mim e pude ver o pôr que dela aceitar a carona, a camiseta branca estava transparente, observei por alguns momentos pensando no que nós dois tínhamos feito. Eu segui o caminho e perguntei a Mia, onde ela morava e ela me deu o endereço, bem próximo da minha casa, chegando no local ela disse "obrigado" e sem querer esbarrou a mão no meu ombro, nós dois nos olhamos pelo retrovisor, nossos olhos encontraram e o tempo pareceu parar, mas uma buzina nos tirou daquele momento e ela desceu rapidamente do carro e eu a agradeci por fazer isso. Assim que Mia desceu, eu olhei para Paola que me observava.
— Nosso relacionamento foi destruído por ela, era para eu estar casada com você e não ela - eu me senti culpado pelas palavras de Paola e por saber que ela tinha razão — Uma atriz de quinta categoria que a cada dia que passa está metida em confusão, ela tomou o meu lugar com você. Será que ela fez tudo isso de caso pensado? Ela queria estar no meu lugar e estar com você?
— O que você acha da gente esquecer a Mia e ir para o meu apartamento, estou morrendo de saudade de você - precisava amansar a Paola ou tudo estaria perdido de vez.
— Eu também estou com saudades - ela segura a minha mão e aperta — Acho uma ótima ideia irmos para o seu apartamento, senti tanto sua falta, meu amor.
— Paola, ela nunca vai estragar a nossa relação, a Mia para mim não tem nenhuma importância, sabe o que eu sinto por você, não sabe? Eu amo você Paola - eu preciso ficar longe de Mia Madson.
— Sim, eu sei, não quero que ela estrague o que a gente tem - ela coloca a mão no meu rosto - O que temos é tão especial e não será nenhuma atriz de quinta categoria que vai estragar o nosso relacionamento.
Seguimos para o meu apartamento, eu estava com muita saudade dela e ela também de mim, queria fazer algo especial para ela, estávamos numa tarde chuvosa e coloquei uma música e abri uma garrafa de vinho. Paola está sentada no meu sofá, parecia uma pintura de tão linda, ela sorriu para mim e eu entreguei a taça de vinho para ela que bebeu um gole, eu sentei ao lado dela e então ela me beijou. O gosto do vinho tão presente em nossas bocas deixou tudo mais gostoso, ela segurou o meu rosto com a mão e me puxou, eu segurei sua cintura e puxei o corpo dela para deitarmos no sofá. Mas fomos surpreendidos pela porta que abriu rapidamente e lá estava o meu irmão parado olhando para nós dois.
— Desculpa irmão, pensei que você não estivesse em casa e com visitas - ele me diz e abre um sorriso.