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Capítulo 10 Você acha que eu vou aceitar um bastardo?

- Levem-na para o hospital.

A voz apática de Rui era tal como granizos caindo no corpo:

- Vejam se ela está realmente grávida e me passem o resultado.

Pierre acenou a cabeça de imediato:

- OK!

- Não! - Agatha se levantou resistindo fortemente. - Rui, somos apenas casal nominal, porque é que você tem razão de fazer isso a mim? Me larguem!

- Largar? - Rui falou em tom indiferente, com seu olhar gélido. - Se eu descobrir que você está grávida, deveria saber o que vai acontecer. Pierre, levem ela.

Sabendo que Agatha não foi a mulher que queria procurar, Rui perdeu toda a simpatia para ela.

- Rápido, levem ela para fazer exame no hospital.

Pierre ordenou o pessoal.

Apesar da resistência esforçada dela, não conseguiu se livrar do controle deles. Depois, ela foi levada ao hospital à força e se encontrou com aquele médico novamente.

Com a ida e volta das mesmas pessoas, a multidão que tinha visto tudo recuou para o lado de imediato.

Esses homens pareciam ferozes e era melhor não ofender eles.

Ninguém queria provocar problemas para si.

Agatha foi forçada a aceitar todos os exames, sem ter ideia de quanto tempo passado.

Depois de terminar tudo, ambos Agatha e o laudo foram levados para a frente de Rui.

Com uma expressão solene, Pierre deu uma olhada compassiva a Agatha e entregou o laudo a Rui.

Rui, por sua vez, não o recebeu e só perguntou em voz fria:

- Resultado?

Pierre ficou hesitante por um pouco, mas finalmente disse:

- Realmente está grávida.

Nesse instante, Agatha sentiu que o escudo que ela construiu foi quebrado assim com facilidade.

Já que Rui ficou ciente da sua gravidez, como é que ela poderia continuar a ficar na Família Norberto?

Foi tal como esperava. O olhar de Rui se tornou tão afiado como uma faca:

- Você não merece para que eu me submeta a esse escândalo.

Agatha levantou a cabeça, olhando para ele de forma desamparada.

- Você pode me dar mais um pouquinho de tempo? Também não estava ciente dessa gravidez.

-Hum? - Rui ergueu as sobrancelhas. - Quer me dizer que você foi ao hospital para fazer o aborto, mas não sabia nada?

Ouvindo isso, Agatha ficou meio tonta.

Ela admitiu que planejava lidar com esse incidente secretamente.

Mas ela nunca pensou em abortar esse bebé.

De repente, Rui estendeu a mão e pegou o queixo dela, o olhar do qual estava tão escurecido como a véspera de tempestade:

- Que tal eu te dar uma chance? Se quiser continuar a ficar na Família Norberto, faça o aborto.

Agatha arregalou os olhos devagar: fazer o aborto?

- Não, não pode ser!

- Não pode? - Rui a olhou de forma satírica. - Você não deveria esperar que eu, Rui Norberto, vá aceitar um bastardo, né?

Bastardo?

Tremeram-se os lábios pálidos de Agatha.

Ela nunca esperou que ficaria grávida.

- Como? Já tem uma decisão? - Rui, com um olhar indiferente e glacial, jogou as palavras envenenadas. - Você não deveria pensar que eu vou aceitar o fato de que você entrou na Família Norberto como o bebé do seu ex-marido, pois não? Ou seja, você acha que eu sou um deficiente e por isso me despreza?

Agatha sacudiu a cabeça.

- Eu não pensei de tal maneira.

Ela nem previu a gravidez dela! Durante 2 anos com Olívio, ele nunca fez sexo com ela!

Como é que ela soube que perderia a virgindade naquela noite chuvosa? Pior ainda, ficou grávida de uma vez só?

Tudo parecia uma parede desabada que caiu nos ombros de Agatha.

- Por favor! - Agatha pensou antes que não podia engravidar, senão, seria expulsada da Família Norberto, tornando a Família Soraia uma piada de toda a Cidade Nortão.

- Me dê mais um pouco de tempo!

- OK - o sorriso de Rui era perigoso -, para você, uma mulher gananciosa pela riqueza, de fato deveria ter mais tempo. Então, eu te dou três dias para abortá-lo sozinha.

Agatha arregalou os olhos.

-Se esse bastardo ainda permanecer na sua barriga após três dias, saia da família Norberto.

Deixando essas palavras, Rui saiu conduzido por Pierre.

Só Agatha ficou no mesmo local sozinha, que caiu no chão com o corpo extremamente frio.

Após muito tempo, Agatha pegou o celular com as mãos tremidas e fez uma ligação à sua amiga.

Depois de meia hora, Nívia Montenegro, amiga de Agatha, veio buscá-la dirigindo.

Agatha foi levada para casa com a alma quase perdida.

- Diga lá, o que aconteceu? - Nívia serviu um copo de suco congelante a ela. - Calma aí.

Agatha estendeu a mão e o recebeu, mas logo o deixou.

Com uma pequena vida na barriga, era melhor não beber nada frio.

Agatha ficou surpreendida com essa ideia surgida.

Por que…por que é que ela se importa tanto com esse bebé?

- Como? Você gostou mais da bebida congelante, não é? - Vendo que ela colocou o suco de volta, Nívia arqueou as sobrancelhas com surpresa.

- Agora não posso beber mais.

- Porquê?

- Estou grávida.

Nívia não reagiu no início e acenou a cabeça:

- Que bom. Deve engravidar depois de casar por dois anos.

- Eu me divorciei há um mês.

- O quê?

- E eu acabei de me casar de novo.

- Espere, Agatha, você pode deixar de falar em ritmo tão apressado? Divorciar e casar de novo? O que está fazendo? Me deixa digerir essas informações primeiro.

Cobrindo o peito, Nívia ficou com uma imagem assustada.

Sem jeito, Agatha tinha que lhe contar o que aconteceu recentemente. Nívia finalmente percebeu:

- Portanto, agora você é a esposa de Rui Norberto?

- Apenas nominalmente. E talvez deixe de ser daqui a pouco.

- Puxa.

Nívia saltou do assento subitamente e fez um gesto de estrangulá-la apertando o pescoço dela:

- Com um acontecimento tão grande, você só me disse agora? Afinal somos amigas ou não? Por que não me contou cedo?

- Foi muito repentino e eu também não sabia como falar a você.

- Uma vez que foi tão grave, deveria me contar mesmo - ponderando por um pouco tempo, Nívia falou em voz fria de repente. - Eu acompanho você a fazer o aborto ao hospital.

Agatha levantou a cabeça em um instante, em reação das palavras dela:

- Fazer o aborto?

- Acaso você quer ficar com esse bebé? É filho de um desconhecido! Aggie, não seja estúpida. Quem sabe a qualidade daquele homem? Tem que abortá-lo!

Nívia disse a sério.

- Mas, ele já se tornou uma vida na minha barriga. Seria muito cruel abortá-lo?

Agatha acariciou a barriga suavemente abaixando a cabeça:

- Afinal é uma pequena vida.

- Não pensei demais. Ainda não é uma vida de apenas um mês! Se você não fizer o aborto agora, vai se arrepender nos próximos meses! - falando nisso, Nívia ficou mais apressada do que ela. - Que diabo está pensando? É bebé de um homem estranho. Se não o abandonar, jamais pode ficar na Família Norberto. Se voltar para a Família Soraia, seus pais vão poupar você?

Essas palavras lembraram Agatha, que levantou a cabeça repentinamente e se entreolhou com Nívia.

Nívia tem razão. Se ela quiser permanecer na Família Norberto, não pode ficar com esse bebé.

Acaso ela não tem mais algum jeito?

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