1
Capítulo 1
Meses antes....
Lisandra narrando
— Você está me deixando de lado pelo trabalho – eu falo arrumando a gravata dele.
— Estou trabalhando muito, você sabe logo retorno para o Brasil e você vem comigo?
— Deixar meu salão – eu suspiro
— Eu não quero ir sem você – ele fala me beijando o pescoço.
— E por que você precisa voltar Mauro? – eu pergunto para ele.
— Eu tenho todo o meu trabalho lá, fiquei quase dois anos aqui, agora preciso retornar – ele passa a mão pelos meus cabelos – mas, pensa com carinho – eu assinto. – Preciso ir.
— Se cuida.
— A gente se ver amanhã – ele beija a minha boca e eu correspondo o seu beijo.
Mauro sai e eu suspiro e desço para o salão arrumar as coisas para abrir ele , porque logo teria uma cliente que era nova.
— Bom dia Lisandra – Mariana que era a minha ajudante fala.
— Bom dia – eu respondo sorrindo
— Pelo jeito Mauro dormiu com você hoje? Está feliz assim.
— Sim, dormiu – eu falo
— Ele estava sumido né?
— Só viajando – eu suspiro – logo ele volta para o Brasil e quer me levar junto.
— E você?
— Seriamente, eu não sei – eu olho para ela
— Você pode ir ficar uns dias, ver sua mãe – ela fala – você não precisa ir até o morro da maré, ela pode ir onde você estiver e eu tomo conta do salão para você.
— Vou pensar – eu falo para ela
— Bom dia – uma moça de cabelos longos pretos entra no salão com uma menininha.
— Bom dia, você deve ser a Leila não é mesmo?
— Sim – ela fala
— Meu nome é Lisandra.
— Lisandra? – ela pergunta e eu a encaro
— Sim – eu respondo
— O nome da secretaria do papai.
— Realmente – leila fala
— Olha que coincidência legal – eu respondo – você vai fazer o cabelo?
— Isso – ela fala – você é Brasileira?
— Sou e vocês?
— Também – ela responde – Rio de Janeiro.
— Olha, eu também sou – eu respondo.
Eu lavo o cabelo dela e depois começo a colocar o produto enquanto a menininha estava bem quietinha brincando no canto com seus lápis e folhas de pintar, enquanto eu e Leila a gente conversava sobre como a gente sentia falta de várias coisas do Brasil.
O telefone dela toca e eu estava terminando de escovar o seu cabelo.
— Oi – ela fala – como assim? Ravi está com febre? Você já tentou dar o remédio? Ok, eu estou indo para casa, tenta ligar para Mauro e ver onde ele está.
Mauro? Eu questiono na minha casa.
— Mauro é seu marido? – eu pergunto
— Sim, Ravi meu filho está com febre, preciso ir para casa, quanto fica? – ela pergunta
— 60 dolares – eu respondo
— Já vamos? – a filha dela pergunta
— Segura para mamãe – ela entrega o celular para filha e me entrega o cartão, eu entrego para Mariana que passsa o cartão.
— Melhoras para o seu filho e volte sempre – eu falo desconfiada do nome do marido e pelo nome ser igual da secretaria.
— Obrigada – eu respondo
Eu as levo até a porta e ela sai com o carro a mil, até que Mariana fala.
— A filha dela esqueceu o celular – Mariana fala
— Esqueceu? – eu pergunto me virando
Eu me aproximo do celular e pego ele ligando a tela dele e vejo uma foto de Leila, Mauro e a filha juntos.
— Lisandra? – Mariana pergunta – está tudo bem?
— Me empresta seu celular.
— O meu? – ela pergunta
— Agora – eu respondo
Ela me entrega o celular e eu disco uma mensagem para Mauro já que sabia seu número decor e marco na frente de um outro salão para que ele fosse pegar o celular da esposa, fico esperando de dentro do carro e é quando Mauro desce e eu desço do carro junto
— A sua esposa foi no meu salão – eu falo para Mauro em um grito na rua e ele se vira me olhando em pânico – agora você pode devolver para ela pessoalmente ou se você preferir eu posso ir até ela e devolver e contar a verdade, de que eu não sou a secretaria do papai e sim a namorada dele. – Mauro me olha sem reação e possivelmente chamamos atenção das pessoas que estão a nossa volta.