Capitulo 05
Fiquei ali sentada, por horas chorando até eu dar conta que não adiantaria eu chorar pois eu procurei esse caminho pra minha vida então eu tinha que aceitar e pronto, levantei limpei meu rosto, fui até o banheiro minúsculo que tinha ali lavei meu rosto depois que passei a toalha fui atrás dele, a casa era enorme eu não fazia ideia onde era o tal escritório, sai a procura abri algumas portas, e vi que na casa tinha biblioteca, sala de jogos e outros dois quartos de hóspedes, encontrei ele na última porta do corredor.
- Senhor Henri ? __ Ele estava falando no telefone em português pra minha surpresa.
- Mãe eu estou bem, por favor não precisa vim pra Alemanha, no fim do mês eu irei passar o fim de semana com vocês prometo__ Eu fiquei ali ouvindo a conversa sem dizer nada, quando ele me viu ele desligou o telefone bruscamente.
- O que você quer ? Não sabe bater na porta ?
- Eu bati, você que não ouviu
- Fala o que você quer ?
- Preciso das minhas roupas, eu já deixei minha mochila pronta na casa da minha amiga.
- Pode deixar que Lucca irá pegar pra você.
- Ok, obrigado __ Eu estava me virando para ir de volta para o meu quarto
- Kera, meu almoço sai que horas ?
- Você não me disse nada que iria almoçar
- Estou dizendo agora.
- Posso ver o que tem lá pra ser feito ?
- Fica a vontade. __ Me virei e sai, nunca passei por uma humilhação tão grande, fui pra cozinha abri a geladeira e a estava abastecida, peguei no refrigerador um filé mignon, tinha alguns vegetais, tirei meu casaco ali tinha aquecedor, então estava suportável ficar sem casaco, prendi meu cabelo e comecei a preparar o almoço, quando estava quase pronto, ele chegou andou até a geladeira e pegou uma garrafa de vinho que já estava aberta, se serviu com um pouco de vinho, sentou no balcão e ficou me observando, eu arrumei o prato dele.
- Pronto, espero que goste.
- Isso aqui não é comida, ele jogou o prato no chão fazendo a maior bagunça.
- Eu não gosto de legumes, faça comida de verdade na próxima vez.
- Seria bom se você falasse também né ? Pois uma coisa que não sou é adivinho, nem possuo bola de cristal __ Eu estava fervendo de raiva, queria pular no pescoço daquele maldito e enforca lo até a morte. Ele venho até mim seu rosto estava vermelho ele me empurrou até a geladeira segurando no meu pescoço me deixando imobilizada.
- Você nunca mais fala assim comigo, ou se não faço você comer esse bife cheio de cacos de vidros __ Meu olho encheu de lágrimas tentei segurar mais não consegui eu estava com medo do que aquele homem poderia fazer comigo, o rosto dele estava muito perto do meu eu podia sentir seu hálito de vinho.
- Me larga por favor __ Ele ficou parado me encarando por alguns segundos, quando ele me soltou eu fui correndo pro meu quarto, ele veio atrás de mim
- Não precisa fazer outro estou indo almoçar fora.
- Ok
- Não, precisa fazer o jantar também, porém amanhã espero que você melhore o cardápio se não irei deixar você sem comida por uma semana.
- Você é louco.
- Você acha que eu não sei disso ?__ ele riu como um psicopata e saiu andando, eu me levantei e fui limpar a cozinha, peguei uma cerveja dentro da geladeira e tomei enquanto limpava tudo, já que estava ali vivendo aquele inferno que seja pelo menos bêbada.
Depois que limpei a cozinha decidi dar uma geral no quarto onde eu ficaria, deixaria aquilo ali no mínimo a ponto de um ser humano dormi, coloquei as caixas dentro do banheiro, limpei o máximo que pude o colchão, mais mesmo assim ficou fedendo, quando terminei tudo já era noite a casa estava em um silêncio insuportável, deitei na minha cama e acabei dormindo, meu quarto era um gelo pois ali não tinha aquecedor. Tirei minha bota e deitei na cama fedida, meu nariz já tinha mostrado sinal de alergia, eu não podia com nada que tivesse cheiro de mofo, ou guardado o ar do quarto só circulava se eu deixasse a porta aberta pois não tinha nenhuma janela. Fui vencida pelo cansaço acabei dormindo, acordei de madrugada, meu nariz estava muito congestionado, minha garganta estava arranhando eu sabia que ia ficar doente, levantei fui até a cozinha para pegar um pouco de água, tinha uma luz acessa, ele estava na cozinha pensei em voltar mais eu precisava da água, encontrei ele usando apenas cuecas brancas, ele estava tomando um copo de água.
- Me desculpa, posso voltar depois __ Abaixei a cabeça para não encarar aquele corpo gostoso em minha frente.
- Pode ficar a vontade, não vai ser a primeira vez que irá me ver assim.
- Henri volta pro quarto __ Olhei para porta da cozinha da onde vinha a voz feminina, uma mulher nua, ela era loira tinha um corpo muito bonito, eu imediatamente coloquei a mão no rosto.
- Não sabia que sua empregada estava em casa, pode nos dar lincença querida ? __ Eu não estava acreditando que ele me trouxe pra casa dele e mesmo sabendo que eu estava aqui trouxe outra mulher.
- Me espera no quarto Ana, eu já estou indo
- Podem ficar a vontade, estou de saída __ Andei de pressa de volta pro meu quarto ele não veio atrás de mim. Bati a porta atrás de mim, e comecei a chorar eu me sentia pior do que um lixo, no fundo eu imaginava me dar bem com ele e depois que passasse o um ano ele não me deixaria ir embora, e nem eu iria querer ir, mais pelo visto estava enganada. Fiquei acordada o resto da noite, meu sono foi perdido, pra piorar a tosse que eu estava piorou aquele quarto não estava me fazendo bem, de manhã eu levantei voltei a cozinha e preparei um café da manhã pro casal, eu sabia o meu lugar se estava ali para servir eu iria servir e pronto.
Eu estava com muita dor no corpo meus olhos estavam vermelho, coloquei a mesa me arrastando, quando estava colocando a garrafa de café na mesa ouvi o barulho do elevador se abrir,acho que ele foi direto pro trabalho, pro meu azar não segundos depois ele apareceu na cozinha usando seu terno preto.
- Café, acertou em cheio, depois da noite que tive só um café da manhã pra me fazer começar bem o dia.
- Bom dia senhor Mazzioni, precisa de mais alguma coisa ?
- Que você sente e coma comigo
- Não muito obrigado não estou com fome, e se o senhor não se incomodar vou me retirar estou me sentindo indisposta, e também não quero atrapalhar o café do senhor com a senhorita que esta te acompanhando.
- Ela foi embora, quero o quarto ao lado do meu limpo
- Ok, irei limpar os quartos.
- O meu não precisa não passei a noite lá.__ Fui até a área de trabalho arrumar as coisas para a limpeza quando voltei ele estava lendo algo no celular.
- Posso pedir uma coisa ?
- Fala.
- Tem como colocar uma janela no meu quarto ou alguma coisa que faça o ar circular ? E se não for pedir muito um aquecedor
- Olha cheia de queres, não posso fazer nada, Eu já gastei muito dinheiro com você.
- Usa do meu dinheiro, eu não posso ficar em um lugar fechado está me fazendo mal, sem contar o frio que estou sentindo a noite.
- Não posso.
- Eu vou passar um ano dentro desse quarto, quer dizer se nada mudar eu não irei durar um ano não, aí vai ser pior né? Jogar dinheiro no lixo. __ Ele respirou fundo e ficou quieto, fui até o quarto onde ele passou a noite com aquela puta loira, abri a porta do quarto o cheiro de sexo estava forte, meu estômago embrulhou, ele fazer isso comigo não seria tão fácil assim eu não ia abaixar a cabeça pra ele, liguei o modo terrorista, limpei o quarto pela força do ódio, quando sai do quarto não achei mais ele, já comecei a preparar o almoço, iria comer antes que ele chegasse pois ele iria conhecer um pouco de Kera Cortez.
Quando a comida estava pronta me servi em um prato grande, arroz feijão bife e batata frita, comida típica brasileira comi o máximo que pude, quando ele chegou eu estava lavando meu prato.
- Hoje tem comida de verdade nessa casa ?
- Sim, já vou arrumar o seu.
- Ok, já volto__ Aproveitei que ele saiu da cozinha, arrumei a comida dele na parte do arroz e do feijão eu joguei muito sal, servi um pouco de vinho e coloquei sal também, hoje ele iria ver com quantos paus se faz uma canoa. Quando coloquei o prato dele em cima do balcão ia correr pro meu quarto me trancar, mais ele chegou
- Onde vai ?
- Pro meu quarto, estou me sentindo mal preciso de um banho.
- Não, se sente aqui odeio comer sozinho, e quero falar com você. __ Voltei e sentei, estava me tremendo toda.
- Quero pedir desculpa pela situação que te causei hoje de madrugada prometo que não irá se repetir, e eu pensei bem pra sua saúde eu vou trocar você de quarto __ Quando ele disse a última palavra, o arrependimento já tinha batido mais era tarde eu não podia fazer mais nada, na hora que ele deu a primeira mastigada ele cuspiu e pegou o copo com vinho pra tentar tirar aquele sal da boca.
- Kera sua maldita eu vou matar você