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06 - Gustavo Lira

Gustavo Lira

Aqueles cabelos que avistei do outro lado da rua, aquele corpo e aquele maldito rosto, andei meio mundo para encontrar a Vanessa e quem diria que eu a encontraria andando na rua.

Mas fiquei parado no lugar, quando vi um homem com ela, não consegui ver o rosto dele devido ao capuz do casaco, estava um frio tremendo, continuo olhando para ela enquanto estava olhando pela vitrine da loja e eles resolvem entrar, o que acabou com meu coração foi vê-la fazendo carinho na sua barriga que não era tão grande, seu rosto estava tranquilo e ela parecia tão feliz, enquanto o seu rosto não me deixava em paz, ainda sofria por ela a cada maldito dia desde que me deixou.

Fiz as contas e se fosse meu ela estaria com nove meses, mas pela sua roupa ela tinha bem menos, quando ela sentiu que tinha alguém observando virei de costas, o senhor que estava comigo entendeu o que estava acontecendo.

— Venha, ela não está mais lá. — Fiquei sem ar no momento que a vi, mas acabei aceitando ir para o restaurante, mesmo que nesse momento eu quisesse me destruir em um bar. — Passado difícil eu imagino.

— Aquela mulher acabou com meu coração e não sei como ela conseguiu se erguer tão rápido. — Passo a mão pelo rosto e fico olhando pelos vitrais do restaurante.

— Por que não vai até lá e deixa que ela te veja? — Ele me pergunta. — Porque sou um puta covarde, ela parece feliz e eu sou apenas um caco do homem que me apresentei para ela.

— Talvez seja, talvez aquele bebê seja seu! — Olho para o homem que estava se sentando ao meu lado.

— Aquele bebê não é meu e seria humilhante demais saber que ela carrega o filho de outro homem. — O que eu iria dizer, oi, querida, demorei, mas te achei sem querer?

Vejo o homem erguer a mão para o garçom que se aproxima e entrega a carta de vinhos, o vejo se afastar e o velho homem mesmo com um sorriso entristecido no rosto me olha.

— Então planeja fechar negócio? — Nego com a cabeça.

— Não tenho cabeça para isso agora, mais prometo que vou te ajudar, sinto muito, mas não consigo continuar aqui, preciso ir embora. — Ele concorda triste, damos as mãos e nunca mais voltei lá.

Após me martirizar com meus pensamentos termino meu banho e vou me vestir, preciso chegar na empresa em tempo recorde, já devia ter saído do hotel.

Saio do hotel e entro no carro que me aguarda para ir para o prédio no centro da cidade, que por sinal é muito bonito, me apresento para recepção e vou para o andar do jurídico, logo que as portas do elevador se abrem um turbilhão de gente estava andando de um lado para o outro, pareciam assustados, puxo por uma assistente baixinha e parecia ter medo.

— Onde é a sala do senhor Bayler? — Ela fica me olhando meio assustada e apenas mostra com um dedo.

Vou para onde a moça me mostrou e me surpreendo na bagunça que o setor estava, tinha caixas espalhadas por vários lugares, entro em uma sala onde papel não faltava.

— Bom dia! Imagino que seja o Bayler? — Era um senhor de meia-idade e ele parecia tentar entender a loucura onde estava sentado.

— Sou, sim, acredito que seja o novo CEO da empresa. — Acho incrível que ninguém me conheça, sinal que nem se importam em saber quem faz o pagamento de seus cheques.

— Por que está essa bagunça no seu setor? — Ele engole em seco ao me ouvir.

— Porque o e-mail da sua vinda, só me foi passado ontem, caso não saiba o antigo CEO não passou nenhuma informação sobre a sua vinda, então nem sabia que chegaria e tão pouco o que precisa. — Ela fala se levantando.

— Imagino que deva ser um profissional experiente, você tem até amanhã para conseguir resolver a zona que está nesse setor e se não conseguir, considere-se demitido. — Viro de costas e começo andar entres os biombos

Mas um perfume que conheço muito bem me chama atenção, mas resisto a tentação, tento encontrar a dona do perfume que ela usava, quem sabe o destino não esteja conspirando, como não encontro a pessoa decido me afastar daquela fragrância.

Do lado de fora ligo para a Rosy para saber se a mulher entrou em contato.

— Me diz qual mulher negaria um pouco de atenção, senhor? — Sinto o sarcasmo na sua fala.

Desligo a ligação e vou para o restaurante para me encontrar com o Luigi e tentar marcar uma reunião com a empresa imobiliária que tenho aqui, era apenas para amanhã, mas tenho certeza que eles aceitarão o encontro, acredito que eles estejam bem mais organizados que a outra empresa.

Luigi separa um reservado e começamos a conversar quando o atual administrador chegar da imobiliária e temos uma ótima refeição, rimos um pouco e deixo algumas metas estabelecidas para que eles consigam melhorar a empresa.

— Cara tenho que ir, mas tarde volto aqui, deixa meu reservado arrumado daquele jeito, quero me satisfazer mais tarde. — Ele fica rindo de mim enquanto me levanto para ir para o hotel novamente.

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