Capítulo 08
— Presidente Stuart.... Andrew é chamado por um dia empresários que acompanhava a comitiva.
Amanda se vira e diz:
— Esse não é Jones querido, você precisa falar com ele...
Ela fala puxando Andrew pelo braço sem dar espaço para que ele diga alguma coisa, vendo a cena Vallery suspira.
— Sugiro uma dose bem grande uísque para apagar essa noite de horrores.
Feld fala chamando sua atenção.
— Obrigada presidente Acer, mas não posso beber, se me der licença irei partir, não me sinto bem.
Vallery fala e ia se virando, mas uma mão a segura no lugar, era a primeira vez que Feld tomava tal atitude, a pele macia de Vallery chamou sua atenção, ela estava fria e trêmula, mas Vallery puxou a mão se desviando do toque.
— Você não pode ir sozinha para casa, se não está passando bem deveria procurar um médico.
Ele fala em tom de preocupação.
— Não se preocupe comigo presidente Acer, estou bem, não irei sozinha para casa não se preocupe. Dizendo isso Vallery sai sem olhar para os lados, Feld ainda preocupado sai atrás, vendo a cena pelo canto do olho Andrew os vê saindo juntos, sua conversa com o empresário estava tediosa e chata, mas a cena que ele via era de dois amantes saindo juntos, os nós de sua mão se apertam e tal movimento não passa despercebido por Hard que olha para trás procurando, ela os vê passando pelas portas da entrada e um sorriso satisfeito.
— Querido, a família Acer sabe do relacionamento amoroso de seu filho com sua secretária, creio que a família não aceitaria uma pessoa da classe dela se envolvendo com seu filho mais velho.
Ela fala e Andrew aperta o copo de uísque que bebia fortemente.
— Porque diz isso.
— Por que vi os olhares que os dois davam um para o outro, era de puro romance, Aiai, ele olhava para ela e seus olhos brilhavam.
Amanda fala jogando seu veneno, a escuridão começava a se formar nos olhos de Andrew.
Do lado de fora Vallery sai procurando algum táxi no local.
— Eu te levo para casa, a festa está chata.
— Obrigado presidente Acer, mas não aceitarei sua oferta, tenha uma boa noite...
Ela fala fazendo sinal para um táxi que ali estava e entra nele suspirando de alívio.
— Por favor, Vila das Águias senhor.
O homem a olha admirado por tal beleza,.vila das Águias era o bairro mais rico da cidade Z, ela deveria ser alguém importante e sua noite estava salva com o dinheiro que receberia.
Passando por Feld, ele somente observa Vallery ir, seu motorista logo estaciona a sua frente e ele entra em seu carro.
— Onde senhor...
— Para casa.
O carro parte e Feld fica pensando em Vallery, ele ficou extremamente encantado com sua beleza e elegância.
Já no táxi, Vallery estava cansada e com dor na barriga, ela havia vomitado tudo que comeu durante o dia, seu corpo doía e sua mente trabalhava incansavelmente.
Vila das Águias havia uma segurança muito forte e assim que o táxi chegou ela mostrou seu cartão de autorização, mas nem precisaria ela vinha muito para a casa de Andrew então já era conhecida por todos.
Ela pagou o valor da corrida e desceu do carro subindo em direção a mansão magnífica que ficava no final da rua.
O motorista olhando para suas costas imaginou que a mulher que ele trouxe deveria ser muito rica, mas estava sozinha e triste, talvez dinheiro não fosse tudo, mas com certeza o dinheiro da noite pagará suas contas e o deixará feliz.
— Boa noite senhora. Vallery foi recebida por Jéssica governanta de Andrew.
— Boa noite.
— O senhor não está em casa.
— Sim eu sei, preciso de sua ajuda.
As duas sobem para o quarto principal da casa, a luxuosa decoração do quarto demostra o quão rico Andrew é.
Vallery vai direto para o closet, Andrew havia separado um lugar para suas roupas, como ela dormia tanto aqui, como no seu apartamento ela tinha inúmeras roupas, tanto luxuosas, quanto simples e do dia a dia.
— Jéssica, quero que me ajude a tirar todas as minhas roupas do closet, tudo que me pertence, precisamos limpar esse quarto e deixá-lo bem apresentável.
As duas por duas horas trabalharam e colocaram todas as roupas em duas malas grandes, sapatos e produto de higiene pessoal foi retirado, ela observou aquilo, nesses três anos ela e Andrew pareciam que estavam morando juntos, como marido e mulher.
— Senhora, posso perguntar uma coisa... a empregada que tanto gostava de Vallery disse em tom choroso.
— Sim..
— A senhora e o presidente Stuart terminam.
Vallery sorriu, como terminaram se nunca começaram.
— Não se preocupe, logo sua futura patroa virá para ajudar com a casa.
Jéssica sorriu tristemente, sabendo que o patrão não estaria mais com ela, era uma pena,mas ela sabia que Vallery era somente uma funcionária e que a família Stuart era muito rica, natural ele não a assumir para o mundo, rico se mistura com rico.
— Leve essas para o quarto cinco e assim que o senhor Stuart perguntar algo, diga para ele que estão na mala.
— Sim, senhora.
Jéssica saiu e ela ficou sozinha naquele quarto imenso, onde várias noites os dois se amavam e dormiam abraçados como um verdadeiro casal.
Ela virou os calcanhares indo na direção do closet, tirou o colar de cerca de alguns milhões de dólares, discou a senha do cofre e abriu, dentro do luxuoso cofre havia muito dinheiro, colares, brincos e anéis que custava várias centenas de milhões, mas ela não se importava o peso do colar era o pior que já sentiu, ao tirar um alívio a tomou conta, colocou no cofre e o fechou selando mais um pouco do que estava decidida a fazer, foi até o banheiro e tomou banho para dissipar a dor no corpo que estava, foi um banho rápido, ela vestiu uma calça jeans e uma blusa de frio branca, em sua pele não havia maquiagem e seu cansaço já tomava conta de seu corpo, ela olhou para o relógio na mesinha de cabeceira e já se passava das duas da manhã.
Saiu do quarto onde agora não havia vestígios de que uma mulher ocupou aquele espaço por três anos, somente uma pequena bolsa estava em sua mão, as roupas que ela comprou, não levou nada que foi comparado com o dinheiro de Andrew, fechou a porta do quarto e selou o final do contrato, mesmo que ele ainda não tenha estipulado o final, ela estava se antecipando.
Do lado de fora um táxi que ela chamou via aplicativo a esperava.
— Boa noite senhor, me leve até jardim ocidental.
Ele balançou a cabeça e saiu em direção ao bairro menos rico que esse, mas era totalmente confortável e seguro.