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Capítulo 6 Sarah

Capítulo 6 Sarah

— Sarah, sou eu o Noah! — gritou ele do outro lado da porta e, pela voz tive certeza que era ele. Eufórica, abri a porta, sentindo-me aliviada e feliz por ele estar aqui.

Assim que Noah entrou, me olhou de cima a baixo. Acho que minha aparecia não estava boa, já que praticamente passei a noite acordada!

— Você está bem? Parece cansada.

— Ah Noah, ainda bem que você chegou! — comentei, segurando-me para não pular nos braços dele de tão aliviada. — Nós temos muita coisa para conversar! Estou um pouco cansada sim, pois não dormi nada essa noite! — contei enquanto ele passava por mim. E fomos nos sentar na sala.

Noah me olhou com aqueles olhos verdes lindos e, só dele me olhar, meu corpo todo estremeceu. Nunca fiquei assim perto de homem nenhum, nem quando conheci meu ex, o Adan, meu corpo reagiu dessa maneira. Confesso que eu não tenho muita experiência no amor, já que o único namoro que tive foi o maior fracasso, já que peguei meu ex com outra, por esse motivo não confiava mais em ninguém.

— Oh Sarah, acho que você não conseguiu dormir porque está em um lugar estranho, longe de tudo que conhece. E ainda mais sozinha! mas vai acabar se acostumando. Você sabe quanto tempo vai ficar aqui?

— Ainda não Noah! Vai depender da papelada de venda e do tempo que vai levar para esses docs. ficarem prontos. Enquanto isso, eu vou dar uma reformada na casa e ficar por aqui. Acho que demora de dois a três meses, não tenho certeza. Quanto ao fato de ter dormido, não foi por que estou só neste lugar estranho! Afinal eu estava tão cansada da viagem que teria dormido rapidinho!

— Então, por que não conseguiu dormir?

— Você nem imagina Noah! Ouvi muitos barulhos aqui, que foi impossível pregar o olho!

— Entendo você, Sarah, mas relaxa! Você está em uma casa antiga, é normal ouvir barulhos, ainda mais que essa noite choveu muito.

— Sei que a casa é antiga, e que às vezes certos barulhinhos são naturais, mas sei lá, eu andei ouvindo passos e batidas de porta no andar de cima. Não tem nada a ver com a chuva também! — Noah me olhou assustado e logo respondeu:

— Ah, Sarah, foi por esse motivo que eu queria te deixar em uma pousada ontem, mas você não quis. Nesta ilha vem muita gente, até mesmo alguns drogados, sabia? Um lugar abandonado há muito tempo como este, é ponto favorito desses marginais, por que é afastado de tudo. Só que a partir do momento que você iluminar a casa inteira, tenho certeza que esses malucos vão se afastar daqui, já que vão saber que há alguém morando na casa.

— Hun... Mas acho que eles já sabem que estou morando aqui, pois vi um deles me olhando da janela da sala, acredita? Mas não consegui ver o rosto, só que ele não estava sozinho, já que ouvi barulho de briga lá fora na chuva.

Noah respirou fundo com o semblante preocupado. Eu contei para ele também de hoje de manhã, da geladeira e da porta da lavanderia.

– Agora você entende o porquê me ofereci para passar a noite com você? É muito arriscado para uma mulher ficar sozinha em um lugar como esse! Eles poderiam ter feito algum mal a você, ainda bem que nada aconteceu. Vamos precisar ir para Salvador, pedir a um chaveiro para fazer a chave da porta da lavanderia e algumas trancas por segurança, assim ninguém vai entrar mais aqui. Agora vamos subir e abrir todas aquelas portas, já que só assim vamos ter certeza de que as janelas estão todas fechadas.

— Eu concordo com você, Noah! Vamos abrir todas as portas e verificar se há janelas abertas. E aproveito também para procurar a papelada da casa. Depois tenho uma lista de coisas que precisamos fazer e comprar antes de escurecer, aproveitamos e chamamos um chaveiro para vir até aqui e já resolvemos o problema com essa porta da lavanderia.

— Vamos subir então, pois a hora passa muito rápido! E ainda vamos ter que pegar a lancha que parte para Salvador às duas horas da tarde e não temos muito tempo. Já que essa residência é enorme, vamos levar um tempo para abrir tudo aqui e já são onze horas da manhã! — comunicou ele, todo animado, já subindo a escada.

Tudo o que eu mais queria era encontrar o local onde essas supostas pessoas entram à noite, e acabar de vez com essa festa mostrando a eles que eu estou por aqui e que não quero ser incomodada de novo.

Chegamos ao andar de cima e começamos a abrir as portas, e juntos finalmente conseguimos abrir todas. Contamos nove quartos, e todos estavam vazios, porém todos tinham algo em comum; guarda-roupas embutidos. Desses nove recintos, quatro deles são suítes, e para nossa surpresa nenhum estava com a janela aberta.

Agora fiquei sem entender, afinal por onde eles entravam? Percebi que no fim do corredor tinha uma curva do lado esquerdo, fui direto verificar o que tinha depois dessa curva e eu notei que tinha uma escada com cinco degraus e no topo dela, uma porta. Olhei para o Noah, e ele me olhou surpreso, já que nenhum dos dois imaginava que teria mais um cômodo ali. Subi a escada, e o Noah me seguiu. Ao me aproximar da porta, mais que depressa, tentei abri-la, só que estava fechada. Lembrei que usamos todas as chaves e não sobrou nenhuma. Então isso quer dizer que não tenho a chave dessa porta, mais uma que vou ter que mandar fazer. Será que é daqui que vem o barulho? Seria aqui; o esconderijo desse povo? Preciso descobrir, pois eu não posso deixar esse tipo de gente continue invadindo a minha casa. Não mesmo. 

Posso até morar sozinha, mas se tem uma coisa que sei fazer muito bem é me defender. Por esse motivo é que não permitirei mais esse tipo de coisa. Não sei como, mas não vou deixar que ninguém mais invada minha casa.

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