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Capitulo 6

Ricardo Lombardi

Sem a minha filha saber, é claro, eu disse a todos os meus funcionários que não era para avisar que eu estava ali no clube, assim eu poderia vigiar melhor.

Vi que elas seguiram para a sala VIP que eu lhes tinha deixado destinada. Lá havia uma câmera, e eu estava em minha sala assistindo à gravação. Meus olhos estavam na minha sereia. Vi que elas tinham levado um homem com elas e fiquei mais tranquilo ao ver quem era. Tinha pedido para uns barmen ficarem disponíveis para eles e preparar-lhes bebidas e petiscos.

Com ele não fiquei preocupado, por saber quem era. Fábio gostava de homens, não de mulheres. Assim, eu não precisaria ficar vendo-o se esfregar nas minhas meninas sem eu querer matar um.

Via a alegria dela de estar ali. Outra coisa que me chamou atenção foi vê-la bebendo muito. Fiquei preocupado. Logo reparei que eles começaram a sair da sala, e vi que a minha sereia pegou mais um copo, que percebi que era caipirinha de melancia novamente. Ela estava ficando alta, e isso deu para ver pelos seus olhos e pelo seu corpo relaxado.

Fui acompanhando-os chegarem até o salão, e logo eles começaram a dançar. Fiquei vidrado ao ver a minha sereia dançando tão sensualmente. Seus olhos fechados, seus lábios entreabertos úmidos e seu corpo se remexendo dançando só para mim fizeram o meu pau ganhar vida novamente. Toco nele sobre o meu jeans, e só o toque me faz gemer. Eu precisava transar logo, e tinha que ser com ela.

Não aguentava mais me masturbar usando só as minhas mãos e a minha imaginação. Aquilo era demais. Eu tentei — eu juro que tentei — até mesmo sair com outras mulheres, mas cada vez que eu marcava de sair com umas mulheres lindas, meu pau não dava sinal de vida, era como se estivesse morto.

Mas, quando eu ouvia a sua voz, ele ganhava vida. Era como se ele dissesse que ela era sua dona, e não eu. Acho que ela não tinha ideia de como mexia comigo. Hoje eu até menti para minha própria filha dizendo que iria sair com outra mulher e que eles poderiam vir para o clube tranquilamente.

A cena que vem me faz levantar e ficar puto da vida ao reparar que um homem abraçou-a, e ela nem aí. Eu ia matar esse homem que estava tocando no que era meu. Vi tudo vermelho e estava a ponto de ir lá tirar satisfação com o cara. Mas vi que ela finalmente percebeu e se afastou dele.

— Boa menina! — digo, em aprovação, e volto a ficar puto quando aquele filho da puta a puxa novamente para os seus braços. Agora sim eu mato esse cara! Quando ia sair, reparo que a minha sereia pisa com gosto no pé do cara, e sinto um pouco de satisfação ao vê-lo gemer de dor. — Bem feito, seu idiota babaca — rio sozinho na minha sala. Vejo-a abrindo a boca e falando coisas para esse idiota. Ligo para os seguranças e peço para irem ver como estava e tirar o cara de perto dela, porque senão eu não responderia por mim, isso era garantido.

Então vejo um dos meus seguranças indo até ela. Dá para reparar em como ela fica aliviada. Ele faz alguma pergunta para minha sereia, que lhe responde, e o babaca fala algo que a deixa irritada. Já vou atrás desse mané para dar uma lição nele.

Pego no telefone e peço para trazerem o lixo para o meu escritório. Enquanto isso, eu a via andando, no mínimo atrás da minha filha e de seu amigo, que tinham sumido.

— Senhor, aqui está o cara que estava perturbando a Senhorita Maldonado — Felipe, um dos meus seguranças, traz o idiota.

— Ora, ora, então é você que estava perturbando a minha mulher? — falo rude com o cara, que me olha com aquele sorrisinho idiota no rosto.

— Ah, está falando daquela putinha? Ela é sua mulher? — ele diz, rindo, bêbado. Eu vou em sua direção, pego-o pelo colarinho e o jogo contra a parede, apertando seu pescoço.

— Quem é você, seu lixo, pra falar assim da minha mulher? — grito. Ele fica nervoso ao ver a forma como eu falava.

— Eu não tenho culpa, ela estava ali, senhor, se oferecendo, e eu sou humano — ele fala, com medo.

— Ela está ali dançando quieta, e você não pode segurar seu pau, né?! —grito novamente, e aperto mais o seu pescoço.

— Me perdoa, senhor, não vou chegar mais perto dela — ele dizia, com olhar de medo.

— Eu quero que você suma daqui, e não coloque mais seus pés aqui em minha boate, porque se eu souber que voltou aqui, eu não garanto que você saia vivo, está me ouvindo? — ameaço-o, e ele acena com a cabeça em concordância. Solto-o e o entrego para o Felipe, que sabe o que fazer com esses tipos de lixos.

Eles saem, e começo a andar como uma fera, tentando me acalmar. Estava difícil. Volto a olhar para o monitor de câmeras para ver onde ela estava, e ela tinha sumido. Fico preocupado. Será que tinha ido embora? Fico gelado. Não, ela não podia ter ido embora sozinha e com aquele vestido. Olho novamente pelas câmeras, até que consigo localizá-la, e vejo a minha sereia andando em direção à sala VIP, mas ela errou o caminho e estava vindo para cá. Saio para ir ao seu encontro. Que Deus me ajude!

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