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A Órfã e o Mafioso russo numa encruzilhada do amor

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Pana
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Resumo

Ellie é uma garota órfã que esteve nas mãos de várias famílias adotivas desde criança. Agora, como criança, ela vive em Besprizornye, um lar adotivo ou orfanato, um dos piores lugares em que você pode se encontrar. No entanto, sempre há uma saída, uma solução para tudo. Tudo muda quando ela conhece o garoto que vai mudar completamente sua vida, catapultando-a das garras da realidade cruel em que vivia para um mundo desconhecido e inconcebível. Será que Ellie conseguirá acompanhar e se adaptar à sua nova vida? Em resumo, viver com um dos mais poderosos gângsteres do crime organizado da Rússia não é fácil, mesmo para a mais tenaz das mulheres.

mafia

SINOPSE

Naquela tarde estava frio.

Eu e mais ninguém fomos autorizados a sair. Impossível.

Observei a lua cheia da única janela gradeada do quarto.

A porta se abriu.

- Eles acabaram de terminar comigo: é a sua vez - Anya me disse.

Anya era minha colega de quarto, dividíamos o mesmo quarto desde os dezesseis anos.

Tínhamos a mesma idade. Eu não sabia praticamente nada sobre ela, ela era uma garota sombria, mas legal.

Ela só sabia que seus pais a haviam deixado neste buraco, para psicopatas mas um lugar para onde eram catapultados todos os dejetos humanos, considerados inúteis para a sociedade.

Besprizornye, além de orfanato e abrigo, era também um asilo para doentes mentais.

Éramos praticamente considerados uma miserável escória humana, sem dignidade, sem família, abandonados a nós mesmos.

Saindo do quarto, atravessei o corredor descalço, até chegar àquele quarto sujo - considerado por nós, crianças, como um império satânico - onde nos aguardavam exames e exames de sangue.

Quem sabe o que eles estavam fazendo com tudo isso.

Eles me dispensaram daquele lugar depois de quase meia hora. Os minutos mais longos da minha vida. Minutos de sofrimento, mesmo com anestesia consciente.

Voltei para Anya, que estava segurando um telefone celular no qual provavelmente estava discando um número de telefone. O número de John, seu namorado.

- Ei, você está com raiva! VOCÊ SABE BEM QUE OS TELEFONES SÃO PROIBIDOS AQUI, SE TE PEGAR, VAI ACABAR COMO DA ÚLTIMA VEZ - eu disse já com as consequências em mente.

Seria possível gritar e sussurrar ao mesmo tempo? Eu diria que sim.

- Oh sim? “Lembre-me do que aconteceu da última vez, dê-me alguns vestígios de amnésia”, disse ele calmamente.

- Você não lembra? Você, naquele quarto frio e úmido, sem comida nem água, sem cama, sofrendo por dois dias consecutivos? Por causa de um cara que nunca responderá sua mensagem, você está sofrendo uma lavagem cerebral. Você tem que perceber: estas são apenas falsas promessas! - eu disse furiosamente.

- Ele me ama, Ellie! Você entendeu! A sua é só inveja porque você nunca teve a oportunidade de ter um relacionamento, além do mais, você é apenas uma pobre virgem reprimida esperando ser salva por alguém que nunca virá! Esta é a verdade”, disse ele.

- Pelo menos não abandonei meu filho, entregando-o para minha família! E quer saber: se você chamar John de homem, prefiro nunca lidar com o gênero masculino! - Cuspi acidamente. Ele havia chegado a um ponto delicado.

- À meia noite João, ele virá me procurar, estava pensando em te convidar mas pensando bem, se você se importa tanto, é melhor ficar aqui e meditar sobre sua vida triste, sozinho, - disse ele. Eu nunca tinha dito nada com tanta convicção.

- Só estou falando isso para o seu bem, então faça o que quiser - falei, deitando na minha cama.

Não foi a primeira vez que Anya e eu tivemos uma discussão como essa. Quando se tratava de John, não vi mais nada.

Ah, como você diz isso? O amor deixa você cego.